em seus devidos lugares.
E idéias megalomaníacas
vindas de um ponto comum
onde sem nem mesmo perceberem
pintavam de todas as cores.
As dúvidas que habitavam
as cabeças de uma multidão,
que alopradamente ditavam as regras,
e despertavam a incompreensão dos outros.
E como se o mundo virasse do avesso
escrevíamos em nossas músicas nossos anseios,
tentando achar refúgios em letras
e na cifras que perdíamos.
Como se tivessem mudado as estações
antes das folhas verdes caírem.
Se hoje a confiança
se confunde com a arrogância.
E nos tornamos a revolução
da nossa própria ditadura.
Saem sem ter para quem correr,
ou gritar por socorro.
E devem gritar, mas não gritam,
já que o medo é forte, e a dor desiste.
Para alguns o orgulho os guia,
para outros o arrependimento.
E olha só quem chegou
com o olhar de quem sabe que errou,
chegaram se apoiando na simpatia
para quem sabe conquistá-los de volta.
Mas, porém, omissos,
tudo no final (será?) se resolve,
pois eles não têm escolha
e sim algum pouco tempo,
para provar o que já não há.
Barbara Jimenez e Renan Marcondes - Um texto que fizemos em 2008, durante alguma aula que não queríamos prestar atenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário