segunda-feira, dezembro 21

"Eu vejo você"




Bom, eu sei que não é meu dia. Mas como a Nath não postou no domingo e eu estou devendo uma postagem, escreverei hoje mesmo.

Acontece que eu acabei de assistir AVATAR.

Na verdade o post deveria acabar aí, pois não tem muito o que eu explicar. Adianto a todos que me obriguei a ir até a Pompéia, no shopping Bourbon, para ver o filme em 3D IMAX, ou seja: o que realmente o Cameron e todos os críticos enlouquecidos quiseram dizer ao falar em revolução no cinema. E eu confirmo: ela aconteceu.

Ok, eu esperava um filme muito bom, grande sacada, belamente dirigido e com algumas pedras voando em minha direção. Mas vai além. Realmente vai.

Inicialmente, o que é impressionante e realmente salta os olhos é o passo dado em relação à tecnologia 3D. A sensação de imersão é tão grande que eu me peguei esquecendo de ler as legendas hora ou outra, isso claro, aliado a uma beleza visual de tirar o fôlego. O mundo criado por Cameron é de uma riqueza absurda, tanto visual quanto cultural, algo a là Tolkien mesmo, com folclore, língua e história definidas para cada povo. Tudo quase palpável, genial mesmo.

Chegamos a outro marco na história do cinema de ficção, como Star Wars ou Matrix, mas esse, por ser um Cameron, traz toda a carga emocional e narrativa perfeitmente estudada e estruturada que fizeram de Titanic um dos grandes blockbusters do cinema.

Mas o que realmente me encanta é a habilidade que alguns tem de contar histórias. Existem sim grandes diretores, mas são os grandes contadores que realmente ficam na história do entretenimento. O roteiro é bem apresentado, bem estruturado, quase mastigado e equilibrado para todas as idades, com longas e épicas sequencias de guerra seguidas por cenas de romance ou de drama. Ou seja, é tudo.

E esse é o ponto. O cinema é tudo. E poucos conseguem chegar ao ponto que Cameron, Spielberg ou Coppola chegam. E eu não estou falando de cineminha cult para gente cabeça. Eu falo de cinema, entendem? Que agrada a todo mundo, que move milhões a salas de cinema e que tem que ser acompanhado de pipoca e refrigerante. Que faz as pessoas esquecerem onde ou quando estão e passam a acreditar naquele alien azul felino/humanóide de 3 metros na sua frente voando por sobre ilhas flutuantes. Isso é cinema. E eu realmente saí do cinema com a sensação de ter presenciado um marco, um divisor de aguas, exatamente como se tem falando, enquanto ouvia as pessoas ao meu lado comentarem como estavam sem palavras para falar sobre o filme.

Sério, desmarquem seus compromissos, cancelem ceias de Natal ou viagem ao Caribe e fiquem por aqui para ver AVATAR no máximo de 3D possível. Se possíbel no Bourbon mesmo, que tem uma tela que corresponde a umas 5 do cinemark e um sistema de 3D exclusivo.

É uma experiência que deve ser vivida para ser contada para os netos quando eles já estiverem interagindo totalmente com o filme e influenciando no seu final. Por enquanto, ter a ilusão que se está realmente em um outro planeta já é mais que suficiente.

Ah, irmãos Lumière, se vocês vissem como a invenção de vocês cresceu...

Um comentário:

  1. à la tolkien? Nostalgia pelos Lumières? Renan finalmente se sentiu transportado para outro mundo?
    Estou sem ar.
    Quem quer ir no Bourbon, agora?

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