sexta-feira, janeiro 8

Esse é irmão desse.

Primeiro, assistam. Só para saber sobre o que eu vou prosear abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=W1dQzm0Ohu8&feature=related


Ok, o assunto está um pouco passado, meio batido e já muito comentado, mas eu tenho que expressar a minha opinião de aspirante a jornalista, de 18 anos.
Gafes acontecem, principalmente em um programa ao vivo e isso é muito perigoso. Deve ser loucura ter que fazer tudo estar em sincronia para não acontecer nenhuma merda, mesmo porque, depende de muita gente e “gente” vocês sabem, uma hora ou outra, acaba falhando. Alguém esquece um dos mil botões a serem apertados ou a sequência que têm de ser apertados ou... Sei lá, por isso que vou fazer faculdade E NÃO SÓ POR CAUSA DO DIPLOMA BJS.
E foi aí que aconteceu, ele expressou uma opinião pessoal. Preconceituosa ou não, não cabe a mim definir, e - na minha opinião pessoal - não cabe a ninguém. Mas o mais legal de tudo isso é que cada um pode ter a sua opinião pessoal. E a maioria está caindo em cima dele: “Como uma pessoa pública pode falar uma coisa dessas?” “Mas que coisa feia esse Boris falou! Cruzes!” “Um jornalista? Preconceituoso desse jeito, não posso acreditar!”
Agora, EU, Nathália Blanco, acho que ele falou uma merda muito grande, mesmo se fosse em uma conversa de boteco, esse seria o tipo de comentário que eu falaria: “Ah, cala a boca Bobó!”. Ele mostrou uma linha de raciocínio muito rasa, tadinho. É ser muito prepotente achar que cabe a ele determinar a sequer existência de uma escala de trabalho, de determinar quem pode desejar dinheiro e felicidades ou não. Mas ele tem todo o direito de achar engraçado o fato de eles terem desejado.
Pra mim, a questão principal não é essa. A competência jornalística do Boris, pelamordedeus, é a última coisa que está em discussão! O problema é que o que ele falou não é uma coisa que se sobe em um palanque e se grita aos quatro ventos para uma população, por isso o choque. Ele foi extremamente irônico, e essa ironia foi ofensiva (pra mim isso é fato, que foi ofensiva) e por saber disso ele falou só para seus coleguinhas de trabalho, e algum coleguinha deixou escapar e aí os outros coleguinhas do Brasil ouviram.
O que eu estou tentando desmisturar nesse texto é que um jornalista, um médico, um diplomata (que segundo Boris estão lá no alto na escala de trabalho, hehe, não consegui evitar) têm opiniões pessoais que podem assustar, que não batem com sua imagem pública, a imagem que a maioria conhece e monta baseada em pouca coisa. É muito difícil colocar na cabeça que a gente não conhece bem uma pessoa por assisti-la todos os dias uma hora por dia. Não dá pra saber nada sobre ela só por isso e as pessoas acham que sabem, e quando ouvem uma coisa dessas ficam abismadas: Ohh a máscara dele caiu!! De fato caiu, mas que mascara? A máscara de jornalista? Isso não é mascara, isso é profissão, isso é o que ele faz, inicialmente. para ganhar dinheiro: Passar a notícia. Ninguém pode dizer que ele tem um super caráter e é super livre de qualquer pensamento ofensivo só porque ele passa a notícia no jornal da Band (estou tentando ser simples).
Agora, algo nele foi inevitavelmente ferido, que foi a imagem pessoal. Podemos, baseado no que ele falou, montar algumas coisas sobre o caráter pessoal dele, que antes não podíamos. Vamos lá. Agora a gente já sabe que ele tem esses pensamentos ofensivos para com os garis. Sabemos que ele tem uma escala do trabalho montadinha na cabeça (tenho curiosidade de saber onde ele acha que estão os jornalistas, os professores, os traficantes, será que tem cuidadores de carros?). Sabemos que ele é irônico. Sabemos que ele não para na primeira piada. Sabemos que ele acha que lixeiros não devem desejar tanto dinheiro assim, nem tanta felicidade assim. Sabemos que ele também fala merda (escolha o sentido que quiser). E quer saber? Só isso também. Não é possível concluir mais nenhuma outra coisa, baseando-nos somente nessas frases.
Então galera, parem que achar que vocês conhecem as pessoas da televisão porque vocês não conhecem, e aí quando esse tipo de coisa acontece, vocês ficam todos pasmadinhos. Ninguém é tão legal quanto vocês pensam.

E só para não perder o costume:
http://www.youtube.com/watch?v=oMgi0AEe4Ms&feature=related

6 comentários:

  1. Eu piro no Boris. Casoy e Yeltsin.

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  2. Concordo.
    Mas esta claro, que na posiçao dele ele NAO pode falar uma coisa dessas. Ponto.

    Quanto ao comentario do Sandro; HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHA
    e mesmo...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Ontem (18/01) falaram disso no "Fala que eu te escuto"... Para eles isso daí tá amarrado...

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  5. Na minha opinião, o comentário do Boris foi infeliz, mas isso não é motivo para apedrejar um dos jornalistas mais competentes do país. (apedrejar, inclusive, um dos colegas de trabalho, como foi o caso do locutor da Kiss lá no Twitter)
    Existem pessoas dentro da política, por exemplo, que merecem muito mais a incredulidade e o desprezo da população. Se procuram alguém para se revoltar contra, por favor, Brasil, se revolte contra aqueles que cometem todos os dias crimes contra a sociedade.
    Considero, aliás, uma hipocrisia de proporções estratosféricas atacar o que ele disse, quando eu ouvia a pouco tempo atrás a seguinte frase da maioria das pessoas: "o Lula pode ser presidente sem o ensino completo, mas os garis precisam de faculdade" ou "até gari pode ser presidente agora" etc.

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