terça-feira, maio 18

Um post sobre nada

[Postando hoje, pois amanhã estarei ausente por todo o dia]

“E é aqui que nasce a religião, teia de símbolos, rede de desejos, confissão da espera, horizonte dos horizontes, a mais fantástica e pretensiosa tentativa de transubstanciar a natureza. “ –Rubens Alves


Não tenho ainda nada pronto para contar, mas as religiões e indignações vêm me invadindo. Nessa semana estávamos entrevistando um padre católico, e fizemos a querida pergunta; você gostaria de comentar algo sobre a Reforma Protestante?

E não é que a primeira frase dele foi: “Olha, precisava ter um monte de dinheiro”, eu já girei os olhos, tudo o que havia lutado para convencer meu grupo de seis pessoas onde três eram ateus loucos, a não cutucar o homem tinha ido por água abaixo. Tudo bem, foi difícil para todos se manterem em pé diante a câmera.

Fiquei com dó do padre depois de tudo, ele disse muitas coisas com noção, fez render do jeito que precisávamos a entrevista, mas a frase matou, me matou. Lógico, que agora eu só a digo no blog, para criticar. Admito, e pior, depois disso desembestei a fazer perguntas para extrair alguma outra visão absurda dele.

Estamos mergulhados em estudos de religiões e eu ainda de nada sei. Só o livro do Jostein Gaarder já li mais de uma vez, e ainda tenho um trilhão de dúvidas.

A verdade é que gostamos de cutucar, de não entender e depois fazer perguntas irreverentes e inconvenientes. Ou não.

Acabei não dizendo nada, isso sim. Passar bem.


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