Uma imagem de Jesus, localizado num quartinho no Jardim Grimaldi, na ZL de SP, começou à chorar uma coisa viscosa e amarela. E eis o que achei no UOL:
"Freitas, 22, conta que descobriu a manifestação quando ia ao banheiro e viu no quarto um brilho maior na escultura na parede. Chamou a dona da casa, e ela experimentou o que tinha gosto de mel."
Na boa, se uma madeira chorasse qualquer coisa, a ÚLTIMA coisa que eu faria seria colocar na boca.
Seria o mesmo que passar o dedo numa mesa de um bar qualquer, e lamber o sal que porventura estava espalhado pelo tampo da mesa.
E quem lembra da santa na janela?
Lembro que foi um programa de tv (Caldeirão do Huck, acho) e passaram um produto específico para limpar resíduos de mudança de temperatura em vidro. Tava mó galera lá, esperando o resultado, e quando passaram do lado de fora... Nada aconteceu. O Corinthians marcou um Gol. Gritaria, fogos, crianças... Foi uma festa só. AÍ, o especialista falou assim:
- Agora o lado de dentro...
Apreensão. Silêncio. Ele passou na pontinha e a mancha desapareceu. Rapidamente a câmera virou para o público para captar o olhar da desgraça. Quando finalmente todos poderiam enriquecer vendendo bibelôs e presentinhos da santa, um careca de jaleco prova o contrário. Filho da Puta. A câmera agora focaliza os donos da casa, que se entreolham. Mudei de canal, fiquei com dó.
Quando podemos acabar com a fé de alguém? A gente pode fazer isso?
- Papai, quero ser médica, curar doenças, ajudar as pessoas...
- Calaboca menina, e me ajudar a catar papelão!
Bom, não queria apelar para a tristeza hj, mas é verdade...Nos cabe reconhecer a liberdade de uma pessoa para que tenha suas convicções sobre suas escolhas. E só. O resto cabe a ela. De fato que o ambiente propicía essa mudança. Propicía e por vias atrapalha a escolha. Tenta ser Hinduísta numa família Protestante pra você ver. Mas o mais preocupante, ao meu ver, é a falta de conhecimento sobre as diversas possibilidades de escolha que nos restam. Só nos é sabido o que nos apresentam, o resto se torna invisível ou inexistente. Para um cachorro, o mundo decerto não existe, o mundo dele é o quintal de casa e a rua em que faz xixi. Para uma pessoa, na questão religiosa da coisa, se é só na igreja protestante que ele vai, é "só" o pensamento protestante que lhe é apresentado. Em suma, deveríamos experimentar mais as coisas para escolher o que de fato nos representa, mantendo a integridade pessoal acima de tudo, e ora, se não é a integridade pessoal a chave para uma boa vivência terrena e para o alcance celeste.
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