sábado, outubro 24

Já é domingo?

(Pequena amostra do meu dia-a-dia.)
Todos nós temos manias. Todos, não dá pra negar. Se não se encaixar na definição de “mania” pode se encaixar em “uma maneira muito específica de se fazer algo”, o que é tão legal quanto.
Eu gosto muito das manias e dos tiques de cada um. Acho que é o que eu mais levo das pessoas. A vantagem de não se prestar atenção nas coisas que se tem que prestar atenção naquela hora, é essa: eu viajo nas peculiaridades. Aliás, todo mundo faz isso, com mais ou menos freqüência, mas faz.
Há aquelas que estão mais presentes na minha vida, eu vejo todos os dias, não tem como não notá-las, como por exemplo:
Eu – Um jeito peculiar de roer unhas. Eu não rou as unhas, deixando-as curtas, eu rou o cantinho delas, ou seja, os lados ficam bem rentes, mas se eu deixar (é que pelo menos nessa hora eu tenho noção e corto por inteiro, ou com uma lixa ou com o cortador mesmo) a frente fica comprida e pontuda e os cantos roídos, um horror. Além disso, eu mordo a boca também... Haja dente viu.
Amigo do meu irmão – que eu nem conheço direito mas, de verdade, me chocou muito. Ele faz bolhinhas de baba. É quase uma arte! Elas saem da boca e ficam flutuando, igual bolhas de sabão. Enquanto ele olha para o infinito ele literalmente borbulha. Vou contratá-lo para a próxima festinha infantil.
Barbara – Aham, vou contar. Ela não deve perceber, mas ela sempre está colocando o cabelo na testa. Qualquer coisa: Cabelo na testa. Juro, não entendo. Além do famoso espirro, que ela espirra normal e depois de dois segundos fala: Atchim.
Todos nós da classe – Falar ou contar alguma coisa desenhando em algum lugar, e o mais bizarro é que às vezes o desenho não tem nada a ver com o que a gente está falando e tá todo mundo lá, prestando atenção no cubo ou casinha que estamos desenhando. E se no final a gente fala: “Ah! Mas isso não era muito importante, deixa pra lá”. A gente TEM que apagar o desenho.
Meu vô – Cumprimentar ele é a coisa mais fácil do mundo, afinal você não precisa falar nada. É exatamente assim: Ele – “Oi Nana, tudo bem? Tudo bem...Tudo bom... ai ai, Tchau”. Não importa o que você disser, ele vai te falar isso quando ele te ver. Fato imutável.
Mirtão – Por falar em cumprimentos, existe essa mania também, pessoas que cumprimentam muito. O cara que guarda o carro no meu restaurante. Eu chego, ele me cumprimenta, ok. Mas essa é só a primeira vez. Durante o dia tem pelo menos mais quatro. Isso quando eu conto e evito. É só o olho cair nele que ele tá lá perguntando se tá tudo bem... Educação? Não, mania.
Renan – Canta. Não, não é felicidade, é mania mesmo. Você falou uma frase com sonoridade? Ele vai cantar por duas horas. Falou uma frase igual ao verso de uma musica? Pode desistir de conversar. A vontade de viver em um musical invade o consciente e as coisas se confundem e o resultado: manias. Foi a explicação que eu arranjei, o Clóvis que não leia isso.
Fernando – Eu não sei como nem porque, mas às vezes (lê-se umas 8 ao dia) ele gasta toda a energia dele (432 ATPs) em um movimento único, certeiro, rápido, um bote praticamente. Você vai simplesmente devolver um lápis a ele, e se vê surpreendido por um vulto e o lápis sumiu da sua mão. Não tenha duvidas, ele foi tirar um soninho depois disso.
Marco – Essa de encaixa mais no “uma maneira muito especifica de se fazer algo”. Eu nunca vi! E o algo é: tirar o blusão. Ele pega na parte de trás da gola e dá um puxão único, encurvando todo o corpo pra frente de forma que o blusão sai por inteiro e é jogado longe... e ah! Não sei se eu soube me expressar, mas é curioso.
Essas são as que eu lembrei agora, mas existem também aquelas que estão em qualquer lugar, nas pessoas que a gente não conhece. Exemplo: Menino que quer mostrar que gosta de música, batuca. Batuca mesmo, em todos os lugares. Bobeou, está batucando. Às vezes com as mãos, às vezes com os pés, às vezes com os dois, com a cabeça e com a língua..... (Se você quer, do frio se esquentar, ponha seus cavalos todos a trotar! – Desculpe, as piadas internas são mais fortes que meu bom senso na hora de escrever um texto.)Meninas meigas fazem rolinho no cabelo. Quer ser meiga? Mexa no cabelo, enrolando-o no dedo, isso.. Owwnnn, que fofa! É fato, elas sempre fazem isso, acho que é um código ao invés de uma mania, mas eu vou colocar aqui assim mesmo.
Ahhh e N outras que eu adoro.Agora tem sempre o ouuuutro lado da moeda...
Mãe – Ela entra no meu quarto que está uma zona: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
Agora no meu quarto arrumado: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
...No meu quarto mais ou menos arrumado: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
... Com um elefante branco dentro: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
...Vazio, sem nenhum móvel: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
Essas coisas acabam virando automáticas mesmo.
Dumbo é o desenho mais chapado da Disney.

6 comentários:

  1. Maniasss...uashuahsuhas
    ferds gasta atp mesmo...é incrível pq ele gasta mais do que produz....!!!! hahah

    ai nath...arruma la seu qurto vai!! são dez minutinhos e vc nun deve ta fazendo nada mesmo...rsrs
    =D

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  2. Eu não sei o que dizer em minha legitima defesa, mas eu comecei o domingo rindo.

    Ah Nathália, vai trabalhar.

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  3. É verdade, ele batuca e não quer nem saber.

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