quarta-feira, março 17

Bem passado


Bem passado, por favor, assim eu não percebo.

Quer uma mordidinha?

Relaxa a bisteca ai!

São inúmeras as piadas que eu poderia fazer com o tema de hoje; Antropofagia – canibalismo, meus caros.

Tive um dia inteiro na faculdade para discutir o tema e ver o que se passa com os nossos pesquisadores e principalmente os antropólogos. Pois por algum motivo – que eu já vou dar a minha opinião sobre -, os antropólogos são muuito chegados no canibalismo do homem.

Resumidamente; quando vocês se encontrarem com esse tema no mundo de hoje, vão encontrar os seguintes fatos:

Não se sabe ainda o que dizer.

Não era por questão de alimentação (ainda bem né, do jeito que vão as coisas no mundo de hoje...)

Pode ser questão territorial.

É por vingança. Vingança? É, chama-se vingança da memória basicamente. É como se um dia o seu tataravô roubasse algo do meu, e a partir de então nossas gerações estão se vingando comendo um a um, das tribos opostas.

Tribos? É. A antropofagia foi registrada até 1560, - depois nunca mais – e por tribos indígenas, na América do Sul e Andina. Na nossa querida América Pré-Colombiana.

E como assim vingança da memória? Há a questão de que com o tempo foi virando costume. Os rituais foram se aproximando mais da religião, da complexidade, da beleza e enfim da incorporação das virtudes do outro. Ou seja, por mais que você estivesse sendo preparado para ser fatiado, teria que ficar feliz por estar sendo escolhido para isso, afinal, ninguém coloca qualquer coisa na boca. – rsrs*. Sério. E quanto mais enfeites e bem elaborado estiverem, mais honra para você.

São quatro personagens envolvidos, codinomes por mim mesma; o homem “refeição”, o homem/tribo “famintos”, o homem “matador” com a espada de madeira, e o ultimo componente que não está presente fisicamente, a tribo do homem “refeição”.

No dia do sacrifício o homem “refeição” fica deitado em uma rede, preso por correntes de ferro, permanece cantando enaltecendo os seus grandes feitos e dizendo que o comerão como ele já fez com os antepassados daqueles. Quem irá sacrificá-lo convida pessoas para vir ao banquete, e todos o pintam e pintam-se. Levam-no à praça pública e o matam a porretadas. Depois retalha-se o corpo e cada um recebe a sua parte.


Se houver muitos erros de nexo perdoem-me, são 5:37am de quarta e ainda não consigo pensar muito nisso.

Um comentário:

  1. Nossa, esse tema é muito interessante, sem ironias. Adorei o texto do Jean de Léry (só eu - nerd) principalmente quando ele fala: e as mulheres velhas são as mais famintas e desesperadas... Pensei comigo, em 500 anos isso não mudou nada.

    E eu fico imaginando na hora da "marretada", o prisioneiro gritando: Eu comi seu pai! Eu comi sua mãe(haha)! Comi seus irmãos e parentes! E os meus te comerão também!! E todo mundo: Tá tá, acaba logo com ele...

    Só mais uma eu paro: Tem uma parte que ele fala também que alguns prisioneiros ficavam anos na tribo inimiga, e eram adotados pela tribo, recebiam mulheres e filhos, ok. Ai ele completa: Na hora da morte, a viúva tem que chorar, mas com certeza são lágrimas falsas, "Pq tem sempre a esperança de comer-lhe um pedaço" HAHAHAHA, até o antropólogo causa

    Adorei =)

    ResponderExcluir