segunda-feira, março 8

Gambiarras de vovô I

Começa agora uma série no mínimo curiosa.
Resolvi fazê-la porque comecei, ao longo das semanas em que me dediquei a prestar atenção no assunto, a achar muito material, o que sem dúvida me motivou tanto, que a idéia de um post, logo virou de uma série de posts, vejamos se dá certo.O fato é que, quem conhece meu avô, sabe. É difícil. É OSSO. Ele reaproveita tudo, nunca fica sem nada para fazer e nada novo entra em casa (até entra, mas é escondido dele)

E então eu achei uma coisa, que me chamou muito a atenção. Essas coisas, aqui em casa sempre existiram, mas a gente sempre ignorava, afinal, não valia a pena se dar conta delas conscientemente, mas essa não dava para passar desapercebido:
Ok, admito, essa descarga nunca foi lá muito normal (normal, leia: Como seria se visse da loja), mas de repente apareceu um elástico e uma espuminha no lugar que aperta?? Tentei entender: Ah, ele machucava a mão na hora de apertar, mas...NOT. Percebam que já há um parafuso na placa de metal, sim, porque aquela placa de metal nem sempre existiu, e mais: ela nem pertence à caixinha, ela é de outra marca de outra caixinha. Mas tudo bem, quer colocar a espuma para não machucar a mão? Va bene, mas e o elástico? Mistérios.
Eu tenho uma teoria: houve um tempo em que, no lugar que apertava não tinha nada. Nem uma placa de metal, nem uma espuminha, nada. Só um parafuso grande, que machucava. Ele deve ter passado tanto tempo machucando o dedão na hora de apertar a descarga que agora ele quer todo o conforto possível. Estou aberta a novas hipóteses.

E foi nesse meu role pelo banheiro que eu achei. Achei a coisa mais....Mais...+...Cara de pau que alguém conseguiria fazer. Essa não foi criatividade ou trauma. Essa foi mão de vaquisse de gastar 5 reais em uma saboneteira nova:
Sim, ele me fez o favor de colocar uma massa corrida (sei lá) em uma saboneteira de certa forma “cromada”, achando que só pq tudo é cinza, ninguém ia perceber. Detalhe: isso dos dois lados.

Falando em saboneteiras, quem nunca usou um suporte para saboneteiras no Box do banheiro? Agora dúvido que alguém tenha feito com as próprias mãos:
Não, e se liga, a própria saboneteira já tá pedindo arrego, uma coisa multicor assim. Eu que não toco nisso.

Numa dessas entra uma das coisas mais curiosas que existe no meu banheiro. Na realidade, sempre existiu. Mas o da vez é um tanto quanto fashion, ousado...Ah! É tendência. Uns dizem que serve para empurrar os papeis higiênicos do lixo, quando esta transbordando mas ainda não está cheio. Mas eu sempre achei (não que eu já tenha usado para esse fim, mesmo pq eu nunca usei) que serve para empurrar a merda quando ela não vai, prontofalei. Eis: o Pau.
Só que, sério. Ele sempre foi um simples pau. Tinha épocas em que parecia uma bengala, em outras, o mais discreto o possível e principalmente: nunca teve um ganchinho segurando.












Ah, essas idéias de praticidade do meu avô.
Como eu estava dizendo, ele sempre existiu, mas nunca foi feito de vara de pescar e uma bola roxa que sinceramente, é outro mistério.
Cansou? Que pena, pq está longe, muito longe de acabar. Lembre-se, ainda estamos apenas no banheiro.

E foi ainda no banheiro que eu comecei a simpatizar com as intenções do meu avô. A linha de raciocínio dele gira sempre em torno da organização, praticidade e criatividade. Além da economia, é claro.
Vejam o porquê da minha conclusão sobre a parte da organização.

O objeto em questão é esse:
Um dos vários porta-escova e pasta existente na minha pia. Aparentemente normal, não fosse por dois discretos parafusinhos na parte inferior. O que é aquilo? Fui investigar, e percebi que, não bastava essa separação:







Tinha que ter essa:
Afinal elas não podem ficar de jeito nenhum juntas! Seria muito desorganizado.







Ufa! Agora sim.
Esse é outro objeto que eu não toco muito.








Chegamos agora ao último item dessa semana. Não só por ser o último do banheiro, mas (não desmerecendo os outros) ganha em todos os quesitos: desde criatividade até pão durisse, passando por falta de vergonha na cara e até mesmo, capricho e esmero.
Estou falando dessa joça aqui:
Dez reais para quem adivinhar para que serve!
Mentira, tá muito fácil.
É isso mesmo que você pensou. Coçar as costas. Minha avó me contou que um dia ele estava com uma coceira insuportável nas costas e ela comentou: Você em que comprar um negocinho que tem no mercado, especialmente pra isso.
Na cabeça dele: Comprar pra que, se eu posso fazer um? Do que eu preciso? Claro! Um escovão de roupas!
E foi nesse item que eu comecei a achar meu vô um gênio, sem ironias. Aqui está, portando, a obra prima. Vejam que ele até decorou o cabo com um estilo único e inovador.

Próxima semana: Cozinha e resto da casa.

Boa semana, pessuar.

6 comentários:

  1. HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHA

    AHHH eu já passei por essa descarga, acreditem o botão era doído mesmo.

    ResponderExcluir
  2. SENSACIONAL.
    A saboneteira das braçadeiras enferrujadas dá todo o toque especial.

    ResponderExcluir
  3. Tô sem dormir desde sábado SÓ para ver o que você ia escrever sobre o assunto... Tô tão extasiado que nem lí ainda, comentei direto...

    ResponderExcluir
  4. Arrisco dizer que esse é o melhor post que eu já li nesse blog.

    ResponderExcluir
  5. E complementando o comentário do Rafael:

    Eu tô quase fazendo uma enquete...

    ResponderExcluir
  6. Eu já tenho o meu voto.
    (E super apoio a idéia de uma enquete aqui no blog.)

    Valeu gente
    E esperem por maaais...... Gambiarras de vovô!

    ResponderExcluir