quarta-feira, agosto 25

terça-feira, julho 27

A Generosidade

Anotações de uma aula de filosofia que eu fui. Tava tudo em tópico, então tentei juntar de um modo que não parecesse que foi anotado em tópico, mas deixei assim mesmo. Não quero ser muito profundo, tampouco cabeça demais, mas achei que ficou legal, e queria compartilhar com vocês, pois, ora, se não é a generosidade o compartilhar em caráter.

Generosidade é o contrário do egoísmo, a virtude do Dom [Dom do dinheiro ($) e Dom de si (magnanimidade)]. Não pode ser considerada prazer, já que o amor e a alegria caracterizam o prazer, generosidade é outra coisa. Um desejo pelo qual um indivíduo, a partir da razão se esforça em estabelecer laços de amizade com outros. As ações que visam apenas à utilidade do agente referem-se à firmeza. Os que visam igualmente à utilidade de outrem se refere-se à generosidade.

É o desejo e não a alegria. E a alegria é o que distingue a generosidade da caridade. A alegria é amizade compartilhada. O ódio deve ser vencido pelo amor, a tristeza pela alegria, e é o papel da generosidade esforçar-se para que isso ocorra.

Ser generoso é esforçar-se por amar e agir em conseqüência disso.

A generosidade não nos dá ao luxo de obtermos a beatitude nem a eternidade. O que intervém é uma moral da generosidade, que conduz a uma ética do amor.

Aquele que não é generoso é identificado como baixo, covarde, vil, mesquinho, avarento, egoísta... E a generosidade é o que separa as virtudes baixas, e nos liberta delas.

Generosidade somada à coragem pode ser heroísmo; somada à justiça se torna equidade; somada à compaixão, benevolência; somada à misericórdia vira indulgência; e somada à doçura, generosidade se chama bondade.

sexta-feira, julho 2

terça-feira, junho 29

Eu trabalho de Domingo.

Tudo bem que eu poderia parar meu post por aqui, vocês fariam um minuto de silêncio por mim, consolariam-me, dariam brigadeiros para eu não entrar em paranóia e tudo acabaria bem.
Mas hoje, não é essa a minha principal reclamação. O fato é que eu trabalho no restaurante dos meus avós há três anos, de Domingo, e tenho muita coisa para contar, porque acreditem, não é um emprego normal.
Não vou começar a discorrer sobre tudo. Vou direcionar meu texto e o foco dessa vez é:

TIPOS DE CLIENTES (e suas façanhas)

Sim. Porque eles surpreendem. Eles enervam. Eles divertem. Eles podem ser divididos em grupos.

Para vocês entenderem melhor o drama, aí vai uma rápida explicação sobre em que consiste meu trabalho: O esquema é tipo Spoleto, ou seja, o cliente monta sua própria massa. Eu sou a mocinha que coloca a massa no prato e depois na água quente e que coloca os ingredientes que ele escolher na frigideira. Só isso. Só isso? É o bastante, obrigada.

Tipo 1. Madrugador
Esse é aquele que chega cedo. Antes de mim. Antes do Venâncio (Sim, o nosso fogão tem um nome). Daí ele fica lá, horas esperando, contentando-se com porpetones e pão italiano. Quando a gente chega, ele fica ligadão, seguindo a gente com os olhos, enquanto preparamos as coisas. Sinto-me como uma lasanha. Não tiro a razão dele como cliente, ele foi lá, ele quer comer. Mas eu tiro a razão dele como pessoa, afinal QUEM ACORDA CEDO EM UM DOMINGO? Quando ele me vê colocando a luva, ele levanta, como quem não quer nada. Começa a rodear. Eu finjo que não vejo, afinal, eu já to puta da vida às 11am. Quando eu vou atendê-lo, ele já está tão ansioso que eu sinto que o momento mais feliz do dia dele é quando eu profiro a frase: “Bom dia, qual é a massa?”

Tipo 2. A criança
Eu estremeço quando elas chegam. Eu sei que vai dar merda. Umas já chegam colocando a mão no macarrão cru e comendo assim mesmo. Outras ficam mudas e as mães insistem que elas escolham o que elas querem. Dá vontade de falar: Minha senhora, se eu for ter que esperar tua filha abrir a boca pra falar que ela quer calabresa, me avisa que eu vou ler meu livro. Mas as piores são aquelas decididas, independentes, faladeiras. Elas já começam pecando na quantidade. Qualé, eu sei que uma criança não come muito. Um macaco treinado da NASA sabe. Então eu coloco pouco achando que né, ela não vai perceber, ou vai achar normal, mas não. Criança esperta é um inferno. Ela diz: “Não tia, eu quero mais”. Eu coloco. “Mais”. Eu coloco mais um fio de espaguete. “MAIS”. O prato transborda e eu começo já a pensar em dar uma lição de moral naquela criaturinha sobre crianças na África e afins.
Tem aquelas que não comem. Elas só ficam uma hora e meia ao lado do fogão, vendo meu pai tirar fogo do macarrão e gritando: IIhulllllllllll!!! Yes!!! Legal!!! E dando aqueles gritinhos fininhos que só os cachorros ouvem. Resumindo: NÃO SEI LIDAR.

Tipo 3. Os cegos
Não aqueles que têm cegueira mesmo. Mas aqueles que não sabem muito bem interpretar a imagem de um tomate seco, então eles perguntam: Isso é tomate seco? E eu: É. Até aí tudo bem, mas temos quase quarenta condimentos. Ele faz isso com pelo menos 70% deles. Agora, se fosse só eu ficar falando: É. É. Isso mesmo. Aham. Ok... Mas tem aqueles que chegam e falam: “Que que isso aqui?” Vou confessar agora, que, nesse momento, eu também tenho uma crise de interpretação, afinal, que que isso aqui o quê, meu filho? Os potinhos? Você quer saber o que se faz com isso? Você quer saber pra que servem, no que a gente usa? “Não moça, quero saber o que são” Todos? Você não sabe o que é nada? Desculpa mas, está meio que na cara que isso é azeitona... “É, todos.” E lá vai a camela aqui, falar o nome de quarenta comidas. Só que tem uma coisa: Quando eu começo, eu termino. Não importa que ele me interrompa, eu falo o nome dos quarenta. Não deixo ele falar. Nisso eu já estou vermelha e sem ar de raiva.

Tipo 4. O Jonas
Ele está sozinho no grupo. Porque ele é o Jonas. Ele chega, fala oi e como se já soubéssemos o que temos que fazer diz: "Já sabe, né? Hoje é talharine." Ok, eu não sabia, mas.... O que ele espera é que façamos a massa dele, que guardemos ou adivinhemos o que ele quer, que levemos na mesa para ele, tudo isso em meio à uma fila gigantesca. Ou seja: É humanamente impossível. Daí, né, a gente esquece. Então ele vem, cortando a fila, o que é um ultraje lá no restaurante (velhinhas de oitenta anos esperam pacientemente) e fala: E aí, cadê meu macarrão? Nesse momento que eu sei que eu me fodi, porque eu sei que o meu pai vai virar e falar: Faz o macarrão do Jonas. Querido papai, eu já teria feito se 1. EU SOUBESSE O QUE ELE QUER COMER (Vai que eu coloco azeitona e o cara é alérgico? E me desculpa, mas não sou obrigada a decorar o prato que o cara faz, NÃO SOU OBRIGADA nem que ele viesse todo Domingo) e 2. Ele pegasse a fila (ele não paga a mais, ele não tem problema nas pernas. Não existe razão para que ele não pegue a fila)

Tipo 5. As namoradas
Eu poderia falar dos casais em geral, mas eles não são o problema, eles não me irritam. O que me irrita é um tipo específico de namorada: Aquela sem opinião. Quer dizer, ela não sabe o que ela quer comer. Aliás, ela sabe: Ela quer comer o que ele quer que ela coma. Tipo: Manda em mim, amor. Chega a vez dela, eu pergunto “Qual é a massa?”, o semblante dela se torna desesperador. Ela fica quinze minutos olhando os tipos de macarrão. Eu espero, olhando para as pessoas atrás dela na fila do tipo: Vocês estão vendo que é ela que tá demorando. Então ela resolve tomar uma atitude muito madura: “Ai mô, faz pra mim”. Percebe-se que o cara bufa por dentro. Ele não tem paciência, ninguém tem né, vamos combinar. Ele começa: “Ah, põe... Põe salsinha, cebola, queijo... Põe aí....” Só falta falar: “Que se foda seu macarrão, amor, eu quero é comer o meu e só.” Esse é o tipo de preparo que demora uns cinco minutos, no mínimo.

Bom, existem mais zilhões de tipos, e eu vou colocando. Pode ser que esteja surgindo uma nova série.
Lembrando que “Gambiarras de vovô” não está extinta! Tenho muitas novidades.

Ah, para vocês entenderem bem como funciona, vai o link da propaganda do meu restaurante: http://www.youtube.com/watch?v=q-OUgohe-ik

terça-feira, junho 15

Efeito futebol.

O “efeito futebol” é algo que devia ser estudado por sociólogos e cientistas políticos em geral, pois é a erupção cutânea como sintoma da doença que assola o país. O sintoma da irresponsabilidade política-social, do comodismo e principalmente do oportunismo capitalista que mostra em época de copa do mundo, com todas as forças, como é importante manter a ignorância entre as massas populares de analfabetos e miseráveis e atacar os mais instruídos e abastados que já não possuem um senso crítico político-social.

Torcer sempre fez parte da cultura mundial. Sempre houveram disputas esportivas ou hostis entre tribos, cidades, países, bairros. E sempre existiu e ainda existe os que abraçaram a causa, os que vêem a dignidade e justiça de seu “território” em jogo. É o instinto humano.

E é puramente instintiva a febre histérica que toma conta dos bares e das ruas do Brasil nas copas do mundo. Ou não? É estranho, sim, ver locutores falarem que “o patriotismo brasileiro surge com força total na época dos campeonatos mundias de futebol”, uma vez que ninguém viu esse patriotismo surgir em forma de protesto e torcida quando a bolívia tomou hostilmente as instalações da Petrobrás, a maior estatal do país. É estranho, sim, pois quando FHC estava no poder, ouvia-se resmungos de que ele estava “vendendo” o Brasil. Mas quando o Brasil é dado, ninguém resmunga.

Deixando a política de fora, é também muito estranho presenciar a total falta de patriotismo quando somos atacados nos alicerces da dignidade nacional por enormes grupos de políticos corruptos que compram uns aos outros, surbornam, roubam o dinheiro do povo e voltam para casa impunes em seus carros importados.

Contudo nessa época de copa, vemos pessoas faltando ao trabalho, se embebedando no meio da tarde, no meio da semana, em exaltação e comemoração por ver o time brasileiro vencer uma reles partida futebol. O Brasil se paralisa para ver vinte homens correrem atrás de uma bola. Talvez aí esteja o problema: “O futebol é o ópio do povo”, e assim, é o fator mais importante nas vidas vazias daqueles que, sem perspectiva, levam um campeonato de futebol como o que há de mais importante, uma questão de vida ou morte – e esses são uma parcela considerável, talvez a maioria do brasileiros. Até o presidente se mete em “fofocas” transmitidas via satélite com jogadores.

Talvez quando a copa passar, e mesmo se o Brasil ganhar, quando a população perder essa estrutura patriótica – a copa – e for obrigada a voltar para seu trabalho mal-remunerado, enfrentar as filas e se vitimar nos labirintos da burocracia burra e da corrupção, descubra que existe algo mais para torcer e gritar. Ou talvez não. Continuarão estáticos e inativos até a próxima copa.

Nada contra torcer e se emocionar em uma partida. Afinal é o país sendo representado em uma disputa. Uma tribo desafiando a outra. O que realmente deixa tudo isso estranho é que somente 20% da população sabe a letra do hino nacional e raramente se vê uma residência com uma banderia brasileira hasteada em dias “normais”. E mais raramente ainda o brasileiro luta para que o Brasil seja destaque mundial, saia da categoria “terceiro mundo” e finalmente tenha justiça social.

Eu não sou patriota, não torço para futebol. E todo esse fenômeno popular em época de copa pode ser chamado do que for, mas de patriotismo não. Isso não.

sexta-feira, junho 11

Propaganda Básica

Sim, deve fazer uns 2 meses que eu não apareço por aqui.
Tenho bons motivos.
Muito trabalho nessa vida dura...

Aproveitando o momento, aqui está o teaser do curta-metragem no qual eu venho trabalhando (e a principal razão por eu não ter postado em dia).

Fiquei muito feliz quando, no dia 07, o vídeo atingiu mais de 500 exibições e foi o 6º mais assistido em sua categoria no Brasil.

Não dá pra ver muito bem aqui, mas no Youtube fica show de bola (apesar de eu ter exportado numa qualidade ridícula).



Au revoir, Shoshanna!

terça-feira, junho 8

Братья Карамазовы



































Não deixa de ser uma meia verdade.

domingo, junho 6

Old Deuteronomy?

Ok, sou fã nato de musicais e todos sabem. Canto mesmo, sei todas as músicas, coreografias, conheço o nome dos diretores, escritores e atores e estou sabendo de todas as peças que virão pro Brasil até 2013.
Para tanto, preciso ir ver todas as produções nacionais possíveis, e a de hoje foi CATS. Antes de tudo, saibam que já assisti o DVD com o melhor elenco já feito umas 7632 vezes e já tinha visto uma produção americana que tinha vindo para o Credicard Hall faz uns anos.
E olha, que orgulho dos brasilerinhos, viu?
A produção em si está impecável, como é de costume nas montagens da T4F, já que eles copiam cada poeira das montagens internacionais. A peça é fofíssima, como o esperado, e é muito difícil não se encantar com aquelas milhares de luzes piscando, e vinte gatos cantando e pulando durante 2h seguidas. Mas fiquei muito impressionado com a qualidade e o carisma do elenco: talentosíssimos, como era de se esperar, mas muito carismáticos. Para quem não sabe, em boa parte da peça os gatos passam pela platéia, falam com as pessoas, fazem gracinhas, enfim. Todos estavam tão à vontade, já dominando muito bem a peça a ponto de no intervalo eles liberarem o palco para a platéia visitar e conversar com o Saulo Vasconcelos (old Deuteronomy), não contentes, houve até um "ola" geral na platéia comandado pelo mesmo gato (genial!).
Claro que as crianças foram a loucura. Por sinal, achei uma montagem com um apelo infantil muito forte. E sim, achei isso bom, afinal é uma peça sobre gatos onde não acontece nada de muito concreto, então deixar as crianças felizes é uma boa.
Sobre a parte tensa (leia-se: a presença da Paula Lima) tive a sorte de ir a tarde e, portanto, assistir com a substituta (como tenho feito desde Miss Saigon). Adorei, Memory foi lindo e minha mãe até chorou. As traduções as vezes são um pouquito toscas, como: "Run Tun Tugger é um gato esquisito" (???), mas nada de trumatizante. Percebe-se porém, que Toquinho passou uns 3 meses fazendo Memory e 15 mnutos com músicas como "The old Gumbie Cat".
Mas saibam que o saldo foi bem positivo. Muito melhor que a versão que estava em tour mundial. Talvez pelo fato dos atores estarem acostumados com o teatro, ou pela presença de alguns nomes de peso no elenco. Muito bom, mesmo.
Acho que o uníco probelema é que CATS só pode ser assistido por quem gosta MUITO de musical, pois é tudo que a Broadway pode ser na vida, ou seja, entertainment puro. Não, você não vai sair transformado ou querendo reler todos os livros de filosofia contemporânea que você possui em casa, mas é sempre bom ver esse tipo de superprodução que enche os olhos.
Aliás, mesmo qeu você queira ser cult, vá ver. E depois, compre as edições completas dos poemas do T. S. Eliot e tente não lê-los com o ritmo das músicas da peça.

quinta-feira, junho 3

"Chacolando"

Permiti-me postar hoje porque eu duvideodó que o Rafael irá.
Mesmo com nossa situação medíocre com este blog, estamos ganhando seguidores! Já são 8! Muito (o)brigada senhores
Agora vamos arrumar isto aqui, começando pelo Carelli, querido, você continuará por aqui ou não?



Agora vamos "chacolar" como diria minha avó boa, ou seja "conversar". Não sei o porquê dela associar uma coisa a outra, em alguma língua "chaco" é falar? Ou algo parecido? Não sei mesmo.

Pois é, preciso finalizar neste feriado dois seminários de temas interessantíssimos, Xenofonte - "A retirada dos dez mil" e "Se deus existe" - Teologia. E quem disse que consigo? Nada. Vou morrer na internet hoje até a madrugada.

Operei ontem. Saíam dessa. Vou contar a história; Sábado lá estava eu na aula de Teologia feliz e contente, tchurururu e AH!! Um pedaço de madeira entrou na minha coxa! - Eu estava de meia-calça. Doeu, ai. Fui no banheiro, beleza sangue, tirei, tudo bem.
Ficou uma marca de sabado para domingo, mas segunda-feira... Ahhhh o que é isso? Uma bola, não muito grande, vermelha, com uma pequena pontinha escura e doendo bastante. Vou superar, que venham as pomadas...
Terça de noite decidi ir ao hospital, a mulher me passou na frente de 2hs de espera, olhei para minha mãe; "Vou morrer. É isso. Só pode ser um tumor, por que ela passou a gente na frente?!" "Acho que você vai mesmo filha, ou é AIDS, é AIDS? Você tem se prevenido?" "Tá mãe, chega agora. Não é AIDS, mas olha vai preparando as minhas coisas, porque olha, eu já era".
Bom, o médico me deu um remédio e falou que eram bactérias.
Quarta; dor insuportável. Decidimos em ir numa médica específica de pele e tals, cheguei. Ela olhou. Vamos operar isso agora.
Sentei na mesa da suposta cirurgia rápida e fácil; "Olha moça, não vou olhar porque eu tenho agonia, e eu não gosto de anestesias, então seja legal." "Sem problemas".
Sem problemas o caramba! Primeira anestesia, morri em litros e litros, ela enfiou a agulha no meio do negócio que já doía muito. Ai ela me fala: "Ai não" e eu "Ai não o quê??" - de olho fechado. "É muito maior do que eu pensava, a anestesia está voltando, vou ter que aplicar mais".
Resultado: Seis agulhadas incrivelmente brutais em mim.
Okay, ela cortou e começou a espremer. Eu pensei, se tem anestesia não vou sentir. Mentira de novo. A maior dor que eu já senti na minha vida, pode ser que não seja muito para alguns de vocês se já tiveram pedra no ruim, cancer, sei lá, mas foi.
Doeu muito. A assistente me começa: "Meu deus, ah não, meu deus! Como você está aguentando isso? Nunca vi tanto... oh!" eu: "Moça, sério. Eu já to gritando, já to morrendo, para!"
Resultado; minha medicação que era para ser um comprimido transformou-se em dez, chorei horrores no carro - claro, eu não ia chorar lá né - Eu entrei para a história da clínica, to enfaixada, já devia ter tirado o curativo, mas estou com medo.

E essa parte de Um Violinista no Telhado, me fez muito feliz ontem.

terça-feira, junho 1

sábado, maio 29

Menos Gullar, bem menos.

Segundo Miguel Chaia, professor universitário e diretor da Fundação Bienal, a sociedade atual vive um período de estetização do cotidiano onde a arte aplica-se à práxis humana, servindo como expressão visual do conjunto de relações entre os homens e gerando um sentimento de união e relação através dos sentimentos. Porém, ao falar de contemporaneidade, chegamos a um ponto onde a arte torna-se ampla a ponto de confundir-se com outras coisas e gerar certas confusões conceituais, como ocorreu na matéria de Ferreira Gullar sobre reprodutibilidade técnica no dia 23 de Maio, na Folha de São Paulo.
Gullar tratou sobre a relação entre o preço de objetos artísticos e itens industriais – no caso um carro esporte da marca Bugatti – analisando a predominância do alto preço no segundo item em relação ao primeiro e citando um equívoco de Walter Benjamim ao tratar da aura da obra de arte em seu texto “A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica”, em uma análise onde muitos fatores foram desconsiderados e só um viés da obra de Benjamim foi analisada, nem sempre de forma correta.
Inicialmente, devemos pensar no período em que vivemos, onde o carro faz condão de um objeto de desejo e que, portanto, pode entrar como fator gerador de experiência estética, comum das artes visuais após liberação da religião mas não exclusivo dela. Portanto, o exemplo gerador da discussão na matéria não foi feliz, pois duas situações diferentes de atribuição de valor foram relacionadas. Se a relação passa a ser livre, entrarão também na comparação imóveis, moda, jóias e toda uma discussão sobre status social que geraria outra matéria sobre a relação com a estética atual.
Além disso, foi citada no texto a criação de aura em uma obra de arte devido as suas reproduções futuras, citando como exemplo a Monalisa e suas inúmeras reproduções. Discordo, inicialmente porque é citado no texto o perigo contido na tese por pressupor que “todas as pessoas têm as mesmas qualidades, o mesmo gênio de um Albert Einstein(...)”. Oras, esse pensamento vai totalmente contra outra obra muito importante e representativa que é a Obra Aberta, de Umberto Eco, além de pesquisas sobre construtivismo na arte e experiência x informação (teoria de Larrosa). Como negar a visão, interpretação e experiência estética de cada um e, dessa forma, associar a criação da aura à reprodução e não a outros fatores muito mais representativos como a institucionalização da arte e a atribuição de valor pelos detentores do poder artístico. Sem dúvida não foi alguma reprodução posterior de Monalisa, como a realizada por Duchamp, que fez todos os milhares de visitantes diários do Louvre irem visitar a obra original.
Vejamos um exemplo claro: Salvador Dali, ao realizar sua reprodução da Vênus de Milo com gavetas e maçanetas peludas em 1936 que integra seu “mobiliário paranóico”, subverte o conceito da beleza decorrente da obra inicial e o alia à funcionalidade e conceitos surrealistas, indo contra a proposta original da Vênus e embutindo a estátua da proposta surrealista (vejam neste um simples exemplo de uma obra que já foi massificamente reproduzida). Porém, essa reprodução só é feita devido à aura já estabelecida na imagem por diferentes fatores históricos, e não gerou nenhuma onda repentina de interesse na obra original, apenas forneceu uma nova leitura de algo já produzido e portanto, produziu algo novo. Esse conceito pode ser revisto por Bourriaud em seu livro “Pós-produção”, onde o autor afirma que na contemporaneidade nada mais é produzido, apenas apropriado para a produção de algo novo através de uma nova leitura, criando uma obra independente que não altera a aura da anterior. Até porque Benjamim não critica a reprodutibilidade da obra de arte (pelo contrário, diz que a obra de arte sempre foi reprodutível), apenas cita que há o surgimento da reprodutibilidade técnica e que essa mudança altera alguns conceitos das artes visuais.
Sem dúvida, não houve equívoco algum, pois a aura realmente não pertence aos objetos industriais e sim aos objetos artísticos, porém isso não impede o interesse pessoal por eles e a vontade de colecionar e investir em sua posse. Porém a aura está muito além do preço dado, e constitui-se de todo um conjunto de relações formado apenas pelo contato e reflexão sobre a obra artística, que – no caso da pintura e escultura, além de linguagens atuais como a performance - é única e irreproduzível.. As reproduções de uma obra original não vêm com o objetivo de aumentar a aura da “obra-base” e podem, no máximo, complementar a leitura delas. A Vênus de Dali não é a Vênus original, assim como ocorre com as Monalisas feitas ao longo da história. Além de tudo, a discussão proposta por Gullar nem é valida, pois ele trata de um tipo de reprodução poética para exemplificar conceitos sobre reprodutibilidade técnica para justificar a venda de um carro que, analisando bem, nem em série é produzido. Acho bom pararmos de pensar em reprodução para produzir coisas de melhor qualidade para o público.

sexta-feira, maio 28

Assim caminha a humanidade...

... com passos de formiga e sem vontade (vou ficar com essa música na cabeça pra sempre agora)

Não escrevi antes porque estive trabalhando e não consegui. Como isto está uma zona e o Fê não vai postar hoje; aqui estou.

Eu ia escrever algo diferente disto, mas ao ver o post do Sandro, decidi-me dividir outra coisa.

Decidi dividir um pensamento louco meu.

Uma vez quando estava lendo um livro do Jostein Gaarder, - não me lembro qual era, mas arrisco-me com “Pássaro Raro” -, ele lançou uma idéia logo de início que me soou surreal.
A idéia era a seguinte; o homem havia conseguido a viagem no tempo. Mas havia conseguido, principalmente, dobrar o tempo quantas vezes quisesse, em qualquer direção, de qualquer forma, logo você poderia escolher coordenadas e saber de qualquer coisa.
Por exemplo, alguém digita uma data e um lugar e automaticamente assistirá o que aconteceu ali. Como se houvessem câmeras de todos os ângulos possíveis, em todos os lugares, todo o tempo. E isto no livro tornou-se tão real, que ele lançou uma TV com esta abordagem, e a partir de então começaram os programas, pacotes, e shows.

Por exemplo; você podia assinar o pacote Vida de Sócrates; duração 7300hs ou 20h por dia durante 365 dias. Ou Garotas Nuas no Chuveiro no ano de 2007, São Francisco – EUA, em 720hs. Ou Decisões tomadas no Salão Oval da Casa Branca em 6500hs. Bom, o tanto que sua imaginação permitir.

Essa idéia é tão absurda, e tão inalcançável na minha mente que do jeito que as coisas estão indo, eu acredito que um dia isto possa acontecer. Que percamos toda, sem exceção, intimidade que hoje temos. Qualquer coisa que façamos hoje, achando que mais ninguém vê, ou que você presenteia uma outra pessoa, com aquele momento de intimidade, um dia será deturpada e colocado em um pacote como; Declarações de amor parte 54.


Estou correndíssima com algumas crônicas por isso de não estender meu raciocínio. Pensem no que quiserem, mas saibam que eu digo esses poucos parágrafos com um pouco de revolta. Outra, comprem o livro; é bom. Maas não comprem por causa desse tema, porque ele dura poucas páginas.

terça-feira, maio 25

I see you.

Se você usa o Google Maps pra traçar rotas, dá uma olhada no que o novo mapa online do Bing vai ser capaz de fazer. Eu fiquei impressionado.

Clique em “View Subtitles” e selecione Portuguese (Brazil). Se não entender.

terça-feira, maio 18

Um post sobre nada

[Postando hoje, pois amanhã estarei ausente por todo o dia]

“E é aqui que nasce a religião, teia de símbolos, rede de desejos, confissão da espera, horizonte dos horizontes, a mais fantástica e pretensiosa tentativa de transubstanciar a natureza. “ –Rubens Alves


Não tenho ainda nada pronto para contar, mas as religiões e indignações vêm me invadindo. Nessa semana estávamos entrevistando um padre católico, e fizemos a querida pergunta; você gostaria de comentar algo sobre a Reforma Protestante?

E não é que a primeira frase dele foi: “Olha, precisava ter um monte de dinheiro”, eu já girei os olhos, tudo o que havia lutado para convencer meu grupo de seis pessoas onde três eram ateus loucos, a não cutucar o homem tinha ido por água abaixo. Tudo bem, foi difícil para todos se manterem em pé diante a câmera.

Fiquei com dó do padre depois de tudo, ele disse muitas coisas com noção, fez render do jeito que precisávamos a entrevista, mas a frase matou, me matou. Lógico, que agora eu só a digo no blog, para criticar. Admito, e pior, depois disso desembestei a fazer perguntas para extrair alguma outra visão absurda dele.

Estamos mergulhados em estudos de religiões e eu ainda de nada sei. Só o livro do Jostein Gaarder já li mais de uma vez, e ainda tenho um trilhão de dúvidas.

A verdade é que gostamos de cutucar, de não entender e depois fazer perguntas irreverentes e inconvenientes. Ou não.

Acabei não dizendo nada, isso sim. Passar bem.


Se liga só no que eu achei

Ela não só escreve de cabeça para baixo como também SÓ consegue escrever assim!

Tive que postar no dia errado de novo, mas essas coisas só acontecem no meio da semana...

Vai trabalhar pra se encontrar sem se perder.



segunda-feira, maio 17

Porque na minha familia, nada pode ser normal

Se eu contar, ninguém acredita.

Tirei o dia para fazer coisas que estavam atrapalhando o andamento da minha vida. Faltei na aula e comecei a reger meus atos estritamente baseando-me na lista que tinha feito no dia anterior. Logo, minha agenda, minha melhor amiga. OK. Não fiz metade do que eu tinha para fazer, mas disso eu já sabia.

O fato é: eu ainda estava com zilhões de coisas para fazer, tentando fazer três ao mesmo tempo, afinal o dia já estava terminando (como sempre), quando eu ouço lá debaixo:
- Nanáaaaaaaaaaaaaaaaa, vem aqui! – era o meu irmão.
- Agora não dá.
- Naná! Por favor, eu preciso muito que você venha aqui!!! – ERA O MEU IRMÃO, portanto, bem não urgente.
- Já já.
- Tem que ser agora!!! – Aham, tem que ser agora para você me mostrar uma borboleta saindo do casulo na TV Cultura. Não, não vou.
- Espera aí! Tô fazendo outra coisa!!
- Nana, é sério. Você tem que vir aqui agora. PELAMORDEDEUS!!!!! – A voz dele estava ficando chorosa, e eu me preocupei.
- Pra quê?

Ele ficou em silêncio. Quem sabe ele não precisava mesmo de mim?? Dane-se, se ele precisasse mesmo, ele viria até aqui. Depois de uns dois minutos:
- NANÁAAAA VEMAQUIPELOAMORDEDEUS!!!! EUPRECISOMUITODEVOCÊ!!!
Levantei em um salto e corri, tudo isso inconscientemente. Não tive tempo e frieza de pensar e quase cai nas escadas.
Cheguei na cozinha, ele:
- Meus cabelos estão caindo.
Quando eu olhei, o cabelo dele estava todo falhado de um lado, quase careca, mas extremamente desigual. Levei um soco imaginário, pensei: Meu Deus! Uma doença, só pode. Eu tremia, não conseguia fechar minha boca. Comecei a passar mal e me debrucei sobre a mesa.

Aquele FILHO DA PUTA vendo tudo isso soltou: É brincadeira, tava tentando cortar meu cabelo, mas não to conseguindo.

E EU COM ISSO???? SEU...SEU...
Pra quem não sabe, o cabelo do meu irmão era assim:
Nesse momento eu descobri que meu autocontrole não só existe, como também é eficaz e abundante. Afinal, meu irmão ainda está vivo. E com os membros. Gritei durante vinte minutos, sem respirar. Sou irmã mais velha, então ainda tenho um pouco de autoridade para com ele, que ouviu de cabeça abaixada tudo o que eu estava falando “em voz altíssima”. Mas eu e ele sabíamos que eu não conseguiria deixá-lo: 1. Naquele estado até meus pais chegarem 2. Continuar fazendo merda atrás de merda. Arranquei a tesoura da mão dele e comecei um incessante trabalho de igualar as partes mais compridas, tomando cuidado para não deixá-las curtas demais.... Até pezinho eu fiz. Gente, na boa, se eu tivesse que chutar algo que eu nunca teria que fazer na minha vida, eu chutaria pezinho, no entanto, lá estava eu fazendo um pezinho (pra quem não sabe, é tipo a costeleta.)

Terminado a parte da tesoura, chegara a parte da maquininha. É bom lembrar que depois dos vinte minutos gritando, eu não parei de falar, resmungar e xingar. O que eu mais falava era: Você me deve dez cravos!!! Vinte! Cem cravos, cem!! (Só quem sabe sobre a minha obsessão por espremer cravos que entende, bom, agora todos.)

Mas era chegado momento: Barulho do portão, cachorro ficando agitado. Porta abrindo, passos na escada... “O que é esse monte de cabelo no chão??? Cadê a Nathália???”
Claro, porque eu sou a pessoa na casa que costuma cortar e modificar o próprio cabelo. Mas nunca coloquei em prática a ideia de raspar – não que eu já não tenha pensado nisso.
“Natháliaaaaaa...” Sério, eu não aguento mais ouvir isso. “Cadê vo...” quando minha mãe me viu, o semblante dela mostrou calma. Ufa, não foi dessa vez. Mas logo outra ideia assombrou a mente dela novamente: “O que aconteceu por aqui??”
Tudo bem que meu irmão podia ter saído do banheiro a acabado de vez com essa agonia, mas a verdade era que ele estava cagando de medo.

Eu sou uma irmã boazinha, mas não tinha como ele esconder por mais tempo: “Vem cá ver o Rafael.” Ela olhou. Virou. E saiu. Só escutamos da cozinha: “Deixa só o teu pai ver.”
Pensa em uma frase de impacto, que sempre caiu como uma bigorna nas nossas cabeças. Então, é essa. E é pior ainda quando vem seguida de: “Ver o quê??” Proferida pelo próprio. Ok, meu pai é legal. É compreensivo, não briga, não bate, não dá castigo. “Não gostei” Foi só o que ouvimos. Ok, melhor assim.

- Mas pai, você ficou bravo comigo?? – Esse era o meu irmão no melhor estilo “Volta o cão arrependido, com suas orelhas tão murchas, sou osso roído e seu rabo entre as patas”
- Eu não gostei. Estou chateado.
CHATEADO. Meu Deus, se eu fosse meu irmão, não aguentaria isso. Trancaria-me no quarto chorando por dias. Meu pai chateado: não há coisa pior. Mas essa é uma neura minha.

A novela ainda está acontecendo. Meu irmão já quis ligar para a minha tia (Oi tia, raspei o cabelo e... Boa noite). Eu vou fazer chantagem com os cravos dele para o resto da vida. Meu vô não cansa de falar que, agora ele é homem. Minha mãe acha que foi aposta. Minha avó acha que está curto demais (mas eu acho que ela nem prestou muita atenção, afinal CLARO QUE ESTÁ CURTO DEMAIS, ELE RASPOU!!). O Snic tenta mordê-lo (Calma, Nic, é o Rafa! – Nada feito.)
E esse é ele, agora, no meu quarto. (E esse quadro sempre sai nas fotos porque é o lugar onde ele sempre fica conversando comigo, quando não é bem-vindo em nenhum outro cômodo da casa)
Enfim, quero só ver quando for eu a raspar o cabelo, coisa que eu me prometo desde a oitava série.

quarta-feira, maio 12

Vale a pena tentar

Numa outra semana eu vim dizer o quanto os Romanos são pervertidos e loucos em relação aos Germânicos. Pois é, hoje eu vim dizer que eles eram apenas pervertidos, porque quem são loucos mesmos são os Gregos.

Gosto porque "fez sentido"

Querem ouvir o que eu achei divertidíssimo e em breve escreverei um texto sobre?

Preste atenção nisso, você que se acha cara de pau.

Aula de Grécia Antiga – Como Psístrato subiu ao poder em Atenas (by meu professor lendo as palavras de Heródoto, incapaz de tecer uma blasfêmia ou insulto á qualquer coisa relacionado ao mundo grego, de toga)

A verdade é que Sólon estava no poder em 594 a.C, só que se cansou dos boatos que rondavam o Heládico, de tentar ajudar, fazer novas leis e ninguém dar valor. Quer saber? Vou viajar, ele pensou, vou conhecer o Egito. Arrumou suas malas e foi.

Enquanto isso, um zé ninguém chamado Psístrato teve uma idéia que julgou genial. Foi até os campos, fez ferimentos em si mesmo, em alguns cavalos e mulas, e depois se vestiu para parecer um mendigo. Encaminhou-se para a Ágora de Atenas.

Chegando lá disse a todos; “Espartanos tomaram o poder! Salvem-se, concedam-me um exército e eu ajudarei!”. Perguntem-me se alguém foi conferir se tinha algum espartano na cidade... Não. Alguém se quer perguntou como ele sabia disso, ou quem ele era? Não. Simplesmente, acreditaram e ainda lhe deram o exército.

Psístrato se instalou na Ágora e disse “daqui eu não saio”, simples assim. E ele realmente ficou por lá um tempo, até que alguns atenienses decidiram parar e começar a agir racionalmente, se depois de semanas não havia tido um sinal sequer de espartanos e tinha um gordo morando na Ágora, havia algo estranho. Jogaram-no para fora.

Depois, Atenas teve um pequeno empecilho com a cidade de Mégara por causa da Ilha de Egina, e no meio da guerra adivinha quem aparece sem ser convidado – expressão real usada por Heródoto -, Psístrato. Este vem e ajuda-os a ganhar, tudo bem, mas agora pode voltar pra casa querido.

Sem se dar por vencido, caminhando pelos bosques ele encontra uma jovem muito bonita. E todo mundo sabe que se você encontra uma jovem bonita no bosque e quer subir ao poder, só há uma coisa a fazer; Vista ela como a deusa Atena, pinte-a de dourado para parecer que brilha, se vista com roupas de deus, coloque-a num carro e entre em Atenas coroando-a! – Lógico, eu pensaria a mesma coisa...

E como vocês devem imaginar, o povo ateniense achou digno, acreditou, fez todo o sentido do mundo e ele passou a ser senhor.

Quanto a Sólon, ele voltou da viagem achando que todos sentiam sua falta, mas quando viu o outro, simplesmente se retirou constrangido. - todinho.


terça-feira, maio 11

There goes my hero

Decidi fazer um TOP 5 dos atores que realmente tinham cara de super-heróis na telona, pelo menos para mim, tanto que toda vez que leio ou ouço sobre esses heróis, a imagem desses caras é a que me vem à cabeça. Lá vai:

5º Bill Bixby e Lou Ferrigno (Hulk)


Bill Bixby nem me marcou tanto, mal me lembro desse cara e nem sei se ele está vivo ainda. Mas Lou Ferrigno, pintado todo verde e arrancando portas e estourando paredes com certeza deu todo um status se falando de Hulk (Além interpretar o Hércules e o Sinbad um pouco depois).

4º Dolph Lundgren (O Justiceiro)


Assim, Dolph Lundgren é arroz de festa, certeza que todo mundo lembra-se dele no Rocky ('I must break you'), Soldado Universal ou He-Man em Mestres Do Universo. Lundgren ainda não sabia falar direito, mas a joselitagem do filme lhe deu certo crédito.

3º John Wesley Shipp (Flash)


Cara, acho que só eu vi essa série de TV, então o posto dele fica difícil de ser tomado pela falta de filmes desse herói. E também não me lembro do ator em nenhum outro filme/série, além de Dawson's Creek. Mesmo assim por muito tempo eu quis ser esse cara.

2º Michael Keaton (Batman)


Tudo bem que ele estava meio gordinho na época, aliás, ainda está, mas cara, a visão do Tim Burton me fez ver o Beetlejuice como Batman até hoje. Podem falar o que quiser, Christian Bale não me convence. Efeitos visuais não me convencem. E a era Val Kilmer e George Clooney foi palhaçada pura.

1º Christopher Reeve (Superman)


Kirk Alyn e George Reeves que me desculpem, mas o Christopher Reeve tem mais aparência de super-herói que todos. Nenhum Dean Cain, Tom Welling ou Brandon Routh (Super15) vai tirar o trono desse cara no quesito Superman, herói.

Bônus:
> Matt Salinger (Capitão América)


Velho, ele entrando sozinho em uma base nazista lotada, nem aí, jogando o escudo para todo lado foi demais assim. Tudo bem que o amarraram em um foguete depois. Eu só me lembro desse cara antes na Vingança dos Nerds; ele deve estar morando com o Shipp.

Nos primórdios tudo era legal, tudo era novidade... Agora tudo ficou tão high tech que perdeu a graça.

quarta-feira, maio 5

"Alimente-os e eles vão comer até que explodam”

Aqui para vocês uma mistura de alguns parágrafos da minha resenha de teologia, com alguns feitos agora mesmo.

Os primeiros fatos a serem notados em "Dogville" são; o filme é divido em atos, há um narrador e em toda a cidade não há cenário. A divisão das casas, das ruas, cômodos ou jardins, é feita por demarcações brancas no chão onde os personagens agem como se realmente houvesse paredes e objetos ali. Por isso que a princípio talvez vocês - que não assistiram - desanimem, mas sejam fortes. Passados os primeiros 40 min, tudo dá certo.

O filme de fato começa com a chegada de uma fugitiva chamada Grace que aparece no meio da noite, após terem se ouvido alguns tiros. Ela é acolhida por Tom, um escritor estacionado com medo de não ser bom o bastante, minerador da própria alma e um verdadeiro antropólogo da cidade. Inicia-se um dilema entre esconder Grace ou não na cidade, já que é procurada pela polícia e pelos gângsteres de quem fugia. O nada que eram as vidas dos cidadãos de Dogville é invadido por questões como; Por que se arriscar por uma desconhecida? E até que momento confia-se em um outro?

Os moradores a primeiro momento são os exemplos de pessoas paradas no tempo, com costumes e tradições tão enraizadas nelas mesmas que até esquecem-se de o quão triste estão suas vidas. Logo, Tom organiza uma reunião onde fora decidido que Grace ficaria por duas semanas, para então a decisão final seria dada. O plano do futuro casal era fazer Grace necessária para os moradores, com uma chance recebida ela dá a si mesma em troca.

Primeiramente ninguém precisava que ela fizesse nada, ao passo que ela decide começar a fazer o que não era necessário, e que ninguém mais faria. Em pouco tempo Grace invade o cotidiano e o pessoal de cada família, dividindo seu tempo para passar em todas as casas todos os dias sem exceção. A presença de Grace vira agradável e ela finalmente se faz necessária, ganha um salário e assim a deixam ficar.

Com o tempo Grace nega a si mesma o que percebe com cautela; a cidade era camuflada, assim como o resto do mundo, assim como os copos que a família Henson cuidava para limpar, assim como qualquer outra pessoa que insiste em esconder seu sagrado para assim não ser ferido. Grace tem seu salário diminuído, suas horas aumentadas e é mal tratada. Pois se torna óbvio para os habitantes que ela lhes deve isso, que eles se arriscam demais por mantê-la.

Os moradores ilustram pessoas que ao se depararem com a possibilidade da chantagem, de terem o que lhe faltava naquela cidade, e de enfim serem mais do que alguém, desumanizam a figura – do outro - da moça. Grace perde seu valor, sua dignidade e por fim seu corpo. Sofrendo não só de abusos morais, ela é estuprada pela primeira vez. Tendo seu sagrado corrompido para sempre.

Em todos os personagens há uma clara deficiência de caráter e abstinência de algo em suas vidas, e seria Grace que deveria preenchê-los, como um pagamento pelo silêncio. A moça sai tanto do seu eixo para doar-se ao resto da cidade, para ajudar e fazer o que imagina certo, que perde todo o seu valor.

Quando as ações tomam dimensões não humanas e de completa insanidade para o espectador, Grace finalmente é delineada como arrogante por acreditar que é a única pessoa condescente com o resto do mundo, sabendo perdoar e relevar por causa das dificuldades que os outros passam.

De uma forma quase que inconsciente o espectador finalmente compreende tudo e chega junto com Grace à mesma conclusão; a necessidade de justiça com as próprias mãos. Colocando-se no lugar dos moradores percebe que eles não fizeram o suficiente, por nada ou ninguém e que alguém precisa puni-los para que não se repita com mais nenhum inocente. Para que aqueles não destrinchem o sagrado alheio novamente.

Eu me peguei na primeira vez em que assisti, de pé no sofá, gritando a plenos pulmões; "Mate-os! Mate todos eles! Nós precisamos de sangue!" Assim, sabe, eu não sou uma pessoa violenta. E nem gosto de sangue.

Talvez Lars Von Trier represente tão fielmente o ser humano, seus instintos e até onde pode chegar para sentir-se completo e satisfeito com o que julga lhe merecer, que parece ser improvável e insano aos olhos alheios. Mas a prova de que tudo isso se encaixa muito bem no nosso subconsciente é o ponto que atingimos no final do filme - olhe o meu exemplo, gente -, por sermos condescentes com Grace.

Sério, assistam. [Eu não contei tudo aqui, para não estragar]

Depois eu talvez poste o significado para sagrado.

terça-feira, maio 4

Little Big Man

Old Lodge Skins: Invisível! Eu nunca fiquei invisível antes!

Young Bear: Eu tenho uma esposa. E quatro cavalos.
Jack Crabb: Eu tenho um cavalo ... e quatro esposas.

Old Lodge Skins: Existe uma fonte infinita de homens brancos. Houve sempre um número limitado de seres humanos.

[Avô, que deitou-se para morrer, acorda]
Old Lodge Skins: Eu ainda estou neste mundo?
Jack Crabb: Sim, meu avô.
Old Lodge Skins: [suspira] Eu estava com medo disso. Bem, às vezes a mágica funciona. Às vezes, não.

Jack Crabb: [narrador] Ele acreditava que ele precisava de mais uma vitória sobre os índios para ser nomeado presidente dos Estados Unidos. Isso é um fato histórico.

Jack Crabb: À primeira vista, de um acampamento indígena, o que você pensa é: "Eu vejo o seu depósito de lixo. Onde está o acampamento?"

Jack Crabb: Claro, eu sou branco. Será que você não me ouviu dizer: "Deus abençoe George Washington. Deus abençoe a minha mãe."? Quer dizer, que tipo de Índio diria uma coisa idiota como essa?

Caroline Crabb: Vendeu sua roupa de pistoleiro? E sua arma?
Jack Crabb: Bem, desculpe, Caroline.
Caroline Crabb: Não, não há nada neste mundo mais inútil do que um pistoleiro que não pode atirar nas pessoas!

Old Lodge Skins: Vamos voltar para a tenda e comer, meu filho. Minha mulher cozinha cães muito bem.
Jack Crabb: Tudo bem, meu avô.
Old Lodge Skins: Ela também tem uma pele muito macia. O único problema dela é que ela gosta de copular com os cavalos, o que fica estranho para mim. Ela disse que não o faz. É por isso que eu a chamo de "Não gosta de cavalos". Mas é claro que ela está mentindo.

Jack Crabb: Esse foi o fim do meu período religioso.

Jack Crabb: Uh, o Sr. Hickock, quantos homens você ... matou?
Wild Bill Hickock: Eu não me lembro corretamente. Você?
Jack Crabb: Oh, cerca de duas dúzias.
Wild Bill Hickock: Isso é um fato?
Jack Crabb: [narrador] Não, não era um fato. No meu período de pistoleiro, eu era um péssimo mentiroso.

Old Lodge Skins: Esse menino não é mais um menino. Ele é valente. Ele é pequeno de corpo, mas seu coração é grande. Seu nome será "Little Big Man".

sábado, maio 1

E começou a greve...



E bem que o cartazinho avisou... Agora é greve dos funcionários 'for good', de fato, marcada pro dia 5 de Maio... Ou seja, sem computadores, sem wi-fi, sem xerox (!!), sem biblioteca (!!!), sem circular, sem as tias da limpeza (só no meu prédio porque não é terceirizado =P) , sem cepeusp (adeus esportes) e, o pior, sem bandejão (NÃÃÃÃÃÃÕOOO!!!)...


A reinvidicação? Aconteceu que, há uns seis meses atrás, os professores tiveram um aumento de 6% no salário, arredondando todos os pagamentos para R$6.000. Os funcionários, também quiseram esse aumento, e "revolucionariamente" resolveram parar tudo e também pedir esse aumento para eles...


Eles falam que os alunos não são nada sem os funcionários, e que os professores não conseguem dar aula sem a ajuda dos funcionários. Isso é verdade, mas olhem o meu ponto de vista: Numa universidade o "alvo" é o aluno, e professores e funcionários devem trabalhar para que os ALUNOS saiam ganhando. Mas com uma paralisação dessas, cadê o respeito que eu mereço por parte dos funcionários?


Aí eles metem bronca no reitor. Pedindo mais salários e melhores condiçoes. Não que eu esteja defendendo o reitor, mas olha só: Os funcionários da usp ganham o dobro do piso salarial normal para sua profissão, e tem a jornada reduzida... E sabem quem ganha o maior salário da faculdade? Não, não é o reitor, que por curiosidade fica com o 25º lugar (4.500), mas é o coordenador do Sintusp (sindicato dos trabalhadores da usp), que ganha R$ 9.000 !! Gente, 9 mil é muita coisa prum carguinho de um barrigudo feio que só usa regata e é tão informal quanto uma mistura de pedreiro com fazendeiro (não desmerecendo, mas só comparando)...


Me deixou ódio quando numa quinta eu vejo isso no meu prédio:


Todo mundo com a mão prá cima, do tipo, "Tâmo sem trabaiá!", um puta barulho, até gravei:

E, mano, isso na aula matou uma hora... E era uma aula tão boa...

Pois bem, tirem suas conclusões. Já tirei a minha e ó, "greve sucks!".

No próximo eu decido o que falar da minha benevolente faculdade, que teve uma semana trash essa: Homofobia na farmácia, roubos nas ruas, fechamento do canil e anunciação da greve...

Estudar lá tem seus contras, e tantos outros.

quarta-feira, abril 28

(Real resumo)

Não vou mais me desculpar por nenhum post. Não tenho tempo e admito, isto pode virar uma droga de diário, isso sim.

- Queria vos comunicar que assisti Alice, e... Gostei.

Maaas, não achei nada cativante, digo, ninguém que não gosta de Alice vai passar a gostar a partir deste filme.

Há diversos diálogos, expressões e músicas originais dos dois livros, e detalhes que para os fãs endoidecidos vão fazer grande diferença.

E infelizmente, Tim Burton teve uma pequena falha de empolgação - em minha opinião – no final do filme, em uma cena com o Johnny Depp. Contudo, do fundo do meu coração estou esquecendo e fingindo que não a vi, para continuar gostando.

- Voltei aos correios.

Não foi pelo mesmo ultimo motivo que havia, nem pelo anterior, mas por outro.

É saudável sabem, escrever cartas É revigorante e todos deviam tentar voltar a fazer. Apesar de que a minha ultima eu não achei visualmente bonita. O que implica em eu fazer algo bem mais elaborado hoje mesmo.

- Queria muito cozinhar, mas os Germânicos dominaram minha semana de uma forma absurda. Tanto que só estou aqui escrevendo abobrinha, porque os mandei ir até a banca ver se tinha mais alguma revista que eu poderia colocar no seminário.

Eles têm me convencido muito de que de Bárbaros eles não têm nada! Há costumes, rituais, valores, crenças, que transformam a Grécia e a Roma inteira em Bárbaros pagãos e depravados! Juro. Olhem, só para vocês entenderem, eles valorizam a virgindade até os 20 anos... Menos se houver amor verdadeiro, ai tudo bem ser antes. – Esse ultimo comentário foi interpretado por mim, Tácito não disse isso.

Ai eu pensei, então por que os chamaram de Bárbaros? Fui atrás e descobri que Bárbaro na origem significa apenas “estrangeiro” ou porque o próprio nome para os Greco-romanos era uma onomatopéia - believe me -, ou seja, um simples babulciador de origem não ariana.

Agora faz muito mais sentido, porque ás vezes eu não me encaixo em algum lugar e ninguém entende o que eu digo. Gregos explicam.

- Não tenho conseguido respirar direito ás vezes, e geralmente é quando estou parada pensando que eu tenho que não pensar em nada, porque se não vou pensar em alguma coisa que eu tenho que fazer e nãoo...

- De fato, eu dou muita importância para coisas que não precisam. Verdade.


terça-feira, abril 27

sexta-feira, abril 23

Eu devo me inspirar em Rafael novamente e criar vergonha na cara, afinal, quase 2 meses sem postar é quase abandonar...

Daí que SIM, me veio finalmente O QUE escrever... Mas o que será que acontece com as pessoas que do nada elas simplesmente param de pensar? Não pensar, mas de imaginar... Será um maior contato com um outro lado que te demanda muito? Assim parece que o pensar é prá vagabundo, mas sinceramente eu acredito no inato do pensar. É profissão! Finalmente! Pensar é difícil para os que não tem o hábito. Como des-segredo meu para com vocês, digo que, para mim, pensar dói um pouco, bem lá no meio do cérebro. É uma coisa que me assusta. É um incômodo até, me sinto o Manolito da Mafalda. Mas estou com uma boa alta-estima ultimamente, portanto isso não me incomoda agora. Mas bem que eu devia ver um médico para isso.

Vou falar da minha rotina prá vocês... EEEE! Não tomarei muito tempo...
Segundas e quintas tem alemão, segundas e quartas tem francês, quartas e sextas tem natação e quintas tem teatro.

E minha nossa, como Francês é difícil, meu Deus! Fiz uma prova e tirei 3... 3! Ah, e o professor ficou uma aula inteirinha brigando com a gente... em francês... Não entendi muito coisa, mas ele exalava ódio, fato!

Alemão é show! Se der façam!

Agora, o teatro da FFLCH... (que fica na Poli, comparando fica igual à sede do PSOL ficar dentro da Daslu) ... gente ... como falar? ... ahhhhnnnnn ... tipo ... são sem noção.

"Façam uma árvore nascendo!" (é, teve isso). E um bando de gente agachada, fazendo galhos com os dedos, subindo, tremendo, desequilibrando, sem ritmo algum... mas de uma maneira tããããão zuada. Ah, saí!

Tenho amigos que gostam de andar na Paulista e fazer nhoque aos sábados na casa de um deles, na Vila Madalena. Tô com uma Cuca de Maçã no forno (viva Palmirinha nas férias) prá levar amanhã, cêis sabem né, visita sempre leva alguma coisinha...

Lady Gaga caiu no meu conceito... Não suporto mais Bad Romance, venha logo Alejandro...
E Glee, ahhhhhhhhhhhh! Recomeçou muuuuito lokooo!

E Fernandinho-cultura-de-rádio escreveu o que se passou em sua semana, sex q vm tm +

*Nath, Renan e Bazão, essa Terça à tarde!*

Auf Wiederhesen!

quinta-feira, abril 22

Retomada

Após milênios sem aparecer, finalmente tive algum tempo (e alguma coisa) pra escrever aqui.

Peço perdão a todos pela ausência, mas tem sido complicado arrumar tempo e assunto para escrever, visto que a jornada de ensaios e trabalhos da faculdade vem sendo bastante exaustiva.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa:

- Vazou o protótipo da 4ª geração do iPhone. Sim, sim! Aparentemente, um engenheiro que estava trabalhando no aparelho acabou esquecendo um protótipo (camuflado para parecer um iPhone 3GS) em um bar. Um cara achou, conseguiu mexer um pouco e aí a Apple bloqueou remotamente.

Mais informações:

http://www.gizmodo.com.br/conteudo/este-e-o-novo-iphone

- Se você ainda não foi ver As Melhores Coisas do Mundo, novo filme da Laís Bodanzky, vá. Vale à pena. O filme é bem bacana e não é aquela "pegada Malhação". Os personagens realmente parecem de verdade (apesar do Fiuk).

Falando nisso, é impressionante o impacto do filho do Fábio Jr. nas menininhas. É só ele aparecer que elas começam a gritar! Isso me atormenta...

- Animação em flash é uma coisa muito legal, mas só quando dá certo. Até dar certo, é um mega trampo.

- Quero viajar. Muito. Em julho. Espero que dê.

- Yoshida Brothers: shamisen+rock



- Tava pensando esses dias, e tenho certeza que a crueldade do BBB vai chegar ao ponto de colocarem uma mulher grávida na próxima edição. Imagina só a futura mamãe compartilhando todos os belos momentos da gravidez com o país todo...

- Baixei o Opera Mini pro iPhone, mas como tô sem wi-fi em casa, não tem como testar o navegador...

- Coloquei os 2 álbums do Newton Faulkner no 4shared pra mandar pra um amigo, então vou aproveitar compartilhar aqui também (baixem, porque vale muito à pena).


Newton Faulkner - Hands Built By Robots
(2007)


quarta-feira, abril 21

Ma semaine

Bonjour mes amours,

A falta que eu estou sentindo do meu francês está chegando ao ponto de ser inexplicável. Ou eu começo a dar aulas de básico agora, ou as turmas de avançado no COGEAE têm que serem formadas imediatamente, e tenho dito. - Desabafo.

Minhas necessidades vêm aparecendo com mais e mais freqüência neste mês. Em breve vos informarei sobre tudo o que acontece e quais são meus planos momentâneos.

(foto: digamos que é uma explicação bem subliminar)

Primeiro, vou deixar AQUI este site dos Beatles, pois têm N vídeos alternativos para quem quiser. Ou se um dia vos for útil..

Segundo, descobri esta semana a banda Airbourne e estou tão feliz! Não achei falta de criatividade ela ser muito – mas muito mesmo –, parecida com AC/DC ou Motorhead. Porque, um que são bandas boas e dois ela é atual, os integrantes não vão morrer tão cedo, e ainda estão no segundo cd!

Aqui e Aqui estão dois vídeos para vocês conferirem.

Charles Dickens

Bola da vez; isso porque eu ainda estou na página 150 do romance Um Conto de Duas Cidades, e já vou afirmar que estou achando Dickens genial.

Eis aqui a primeira página do livro:

“Primeira parte: De volta à vida

Capitulo I: o Período

“Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos; aquela foi a idade da sabedoria, foi a idade da insensatez, foi a época da crença, foi a época da descrença, foi a estação da Luz, a estação das Trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero; tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante de nós, íamos todos direto para o Paraíso, íamos todos direto no sentido contrário – em suma, o período era em tal medida semelhante ao presente que algumas de suas ruidosas autoridades insistiram em seu recebimento, para o bem ou para o mal, apenas no grau superlativo de comparação.

Havia um rei com uma grande mandíbula e uma rainha com um rosto inexpressivo no trono da Inglaterra; havia um rei uma grande mandíbula e uma rainha com um belo rosto no trono da França...”.

Desculpem-me, mas para alguém começar um livro assim, eu me sinto quase que irrelutantemente forçada em achá-lo fascinante, e esperar algo de genial a seguir.

Não tenho mais nada a declarar, por hora. -Perdoem a pressa.

terça-feira, abril 20

sábado, abril 17

Humpf...

Grupo que pichou a Bienal de SP em 2008 participará da 29ª edição da mostra

Acusados de vandalismo e terrorismo, os líderes do grupo que invadiu e pichou o andar vazio da Bienal de São Paulo em 2008 vão entrar na 29ª edição da mostra, em setembro, com credencial de artista.A participação foi confirmada à “Folha de São Paulo” pela curadoria, que descreveu os pichadores como "artistas brilhantes", apesar de "tratados como marginais".
Com isso, a Bienal entra num fogo cruzado daqueles que tomaram partido de invasores ou de invadidos, e que agora polemizam sobre a iniciativa. É demagogia? Legitima uma ação destrutiva? Coopta uma vanguarda transgressora?Para o curador-geral da mostra, Moacir dos Anjos, a aposta não é em respostas fáceis, mas justamente na elaboração de questões."Queremos fazer uso de estratégias que não se confundam com o pixo que só existe como tal nas ruas, mas que evoquem, desde o interior do mundo da arte, o fato de que nem tudo que é arte a Bienal é capaz de abrigar ou entender."
Leia a íntegra da entrevista concedida por Moacir dos Anjos à “Folha” na seção “Notícias” do site Mapa das Artes.

Fonte: “Folha de São Paulo”; 15/04/10; texto de Fernanda Mena.


É, o mundo tem que acabar em 2012 mesmo...

terça-feira, abril 13

Dipolo


Narizes que colocavam todos

em seus devidos lugares.

E idéias megalomaníacas

vindas de um ponto comum

onde sem nem mesmo perceberem

pintavam de todas as cores.

As dúvidas que habitavam

as cabeças de uma multidão,

que alopradamente ditavam as regras,

e despertavam a incompreensão dos outros.

E como se o mundo virasse do avesso

escrevíamos em nossas músicas nossos anseios,

tentando achar refúgios em letras

e na cifras que perdíamos.

Como se tivessem mudado as estações

antes das folhas verdes caírem.

Se hoje a confiança

se confunde com a arrogância.

E nos tornamos a revolução

da nossa própria ditadura.

Saem sem ter para quem correr,

ou gritar por socorro.

E devem gritar, mas não gritam,

já que o medo é forte, e a dor desiste.

Para alguns o orgulho os guia,

para outros o arrependimento.

E olha só quem chegou

com o olhar de quem sabe que errou,

chegaram se apoiando na simpatia

para quem sabe conquistá-los de volta.

Mas, porém, omissos,

tudo no final (será?) se resolve,

pois eles não têm escolha

e sim algum pouco tempo,

para provar o que já não há.

Barbara Jimenez e Renan Marcondes - Um texto que fizemos em 2008, durante alguma aula que não queríamos prestar atenção.

Decidi postar hoje, pois amanhã estarei ausente.