quinta-feira, outubro 29

Los Musicos Rotos


Não era minha intenção inicial assistir ao novo filme de Almodóvar na Mostra, uma vez que vai entrar em cartaz em algum momento, mas não tive muita escolha. Bastou conseguir um dos disputados ingressos para que a minha paixão pelos filmes do diretor falasse mais alto.

Apesar de ter gostado bastante, Los Abrazos Rotos não é meu filme favorito de Almodóvar. É divertido, bonito, muitíssimo bem feito, mas o roteiro não é o mais genial da carreira do diretor. De qualquer forma, não quero criticar (nem positiva nem negativamente) a obra além do que devo. Se você gosta de Almodóvar, assista, pois vale à pena, mas não precisa ser agora. Espere entrar em cartaz no circuito (evitando filas, transtornos desnecessários e aproveitando para ver outros filmes da Mostra que não vão entrar em cartaz).

Essa semana não tem sido fácil. Muitos ensaios, curtas e pouco tempo de sono...

Segunda-feira foi dia de OMB. Pra quem não sabe, a OMB (Ordem dos Músicos do Brasil) é a entidade responsável, entre outras coisas, por selecionar, defender e fiscalizar o exercício da profissão de músico no país. Em outras palavras, toda a burocracia que envolve ser um músico legalizado e registrado no Brasil é responsabilidade da OMB.

De qualquer forma, hoje em dia é bom ser registrado e ter a Carteira Definitiva do Músico Prático. Muitos bares e casas noturnas vem pedindo esse documento aos integrantes das bandas que lá tocam, uma vez que, se músicos não forem registrados, a casa pode vir a tomar uma multa das grandes (caso apareça algum fiscal).

Para tirar a tal Carteira, é preciso ir à sede da OMB-SP (no centro da cidade) e fazer uma prova de conhecimentos práticos. No meu caso (guitarra e bandolim), a "prova" aconteceu da seguinte forma:

Avaliadora da OMB (velha mal comida) - "Rafael Baptista".

Entro na sala de exame (cheia de instrumentos velhos e mal-cuidados, entre os quais estão dois violões cujas cordas mais parecem arame farpado).

Velha - "Você trouxe bandolim?"
Eu - "Não. Não sabia que precisava trazer..."
Velha - "E como é que você quer fazer a prova então?"
Eu - "Ah, achei que vocês tivessem aqui e..."
Velha (interrompendo) - "Pega o violão e senta aí."

Pego o violão (com cuidado, para não pegar tétano nas cordas enferrujadas) e sento na cadeira. A velha risca "bandolim" da minha lista de instrumentos e olha para mim.

Eu - "É pra guitarra, viu?"
Velha - "Sim, eu sei."

Ela continua a olhar sem dizer nada.

Eu - "É pra tocar qualquer coisa?"
Velha - "É... Sei lá... Você consegue fazer um solo aí?"

É aí que eu paro e penso: "O que diabos eu vim fazer aqui?"

Eu (indignado) - "Sim..."
Velha - "Então vai."

Eu faço um solo curtinho, de improviso.

Eu - "Tá bom?"
Velha (indignada) - "Só isso? Não... É muito pouco... Improvisa aí."

Eu continuo a improvisar toscamente no violão desafinado e caindo aos pedaços, enquanto a velha conversa com a mulher ao lado. Pouco tempo depois, acabam minhas idéias de improviso e minha paciência.

Velha - "Ok. Agora é só pagar a taxa lá no guichê e esperar eu te chamar pra assinar."

É isso? SÓ ISSO? Com esse sistema de avaliação, qualquer um pode se tornar músico!

Pois é. Parabéns. Você é um músico.

Se você quiser ver se o meu esforço valeu à pena, é só aparecer no Blackmore no domingo (dia 1/11) e conferir o show dos Cosmonautas! O Blackmore Rock Bar fica na Al. dos Maracatins, 1317, Moema e a entrada custa R$ 12,00.

(na foto, três das minhas maiores paixões: cinema, café e Penélope Cruz)

quarta-feira, outubro 28

Telefone sem fio

Esta semana decidi contar a vocês, um fato que aconteceu com a minha mãe sexta-feira passada. Creio que depois dela ter me contado cinco vezes, eu tenha material suficiente para reproduzi-lo, como narradora onisciente. Ah, e para aqueles que não sabem, o nome dela é Marli.

Mais uma passagem, mais um voucher, mais uma mala e mais olhares de aeromoças numa mesma semana. Que ela estava viajando demais ninguém podia negar, mas era tudo necessário, e de certa forma até agradável. Estava conhecendo o país inteiro por “conta da casa”! Mas que cansava, cansava.

Voltando de Santa Catarina pra casa, entrou no boeing atrasada e suando. Que inferno, não dera tempo nem de ligar para avisar que estava a caminho. Que seja, vamos assim mesmo agora...

- Oi? – Ela não tinha visto o comissário. – Ah, só tenho essa mala de mão, tudo bem, obrigada.

Marli foi instalada na cadeira do corredor, em cima da asa, junto com um casal. Decidiu nem cumprimentar, estava muito cansada, ao passo que eles logo começaram o falatório manjado.

- Ah amor, eu odeio sentar na asa. – Era a moça.

- Para de ser medrosa! Ah eu adoro, sabe como é, quando eu estava voltando dos EUA àquela vez, vim sentado na asa e o cara do meu lado, no início do vôo, começou a gritar...

- Querem beber alguma coisa? – Era o comissário, Marli e os dois pegaram água.

- Então, ai ele gritou e mandou chamarem o comandante, porque querida, olha só, tinha-um-defeito-na-asa! E ai deu tempo da gente voltar e consertar! Que tal? Por isso que eu escolhi aqui pra gente, vou ficar de olho, não se preocupa não, vou ficar esperto. – E com isso deu uma piscadela para Marli, que se assustou e virou para beber sua água.

Tudo bem, tudo caminhando rotineiramente, até que ela sente um gosto diferente na água. O que é isso... Sangue? Ai meu deus, me cortei com esse copo. Calma, papel, papel, ah aqui. Pronto, agora é só eu estancar e vai ficar tudo bem.

Parecia que ela tinha o controle da situação, mas não queria que ninguém visse o sangue, pois poderiam fazer um escândalo maior do que o necessário, e afinal nem estava doendo. Mas espera ai, o papel está... Encharcado de sangue?! Meu deus, o corte deve ter sido mais fundo do que eu imaginei, pensava ela, outro papel... Aqui - pegou o do homem. Pronto.

Contudo nem um minuto depois ela continuava com; sangue jorrando, sede e com três guardanapos encharcados de sangue na mão. Acho melhor eu ir ao banheiro, decidiu. Mas não pode nem levantar, pois um homem do outro lado do corredor a viu, e antes que ela fizesse um gesto de ‘tudo bem’, ele ergueu a sobrancelha e abriu o berreiro.

- Ela está sangrando-oh! Mulher ferida! Meu deus, ela cortou um lábio com uma faca!

Faca? Quem falou em faca?

- Moça calma, não chora. – Era o louco que estava esperto com a asa do avião.

- Eu extou bem chente. – Difícil falar com o guardanapo.

- Comissário! Rápido! Tem uma mulher ferida com uma faca! – Homem ruivo duas fileiras à frente.

- O que aconteceu? Alguém cortou uma mulher com uma faca? – Loira com nariz entupido.

- Ela precisa de uma maca? – Uma senhora perto da tv no meio do avião.

- Ah não, chente sério, é só um cortechinho...

- Chamem o piloto! Ela quer um cachimbinho! Está delirando.

- Tem uma mulher sangrando, e ela está armada com uma faca! – Um menino, dez fileiras à frente.

- Moça, não desmaia. – O louco da asa, qual é o problema desse homem?

- Uma mulher levou uma facada! Só pode ter sido um árabe! – Gordo na classe A.

- Tem um terrorista árabe com uma faca aqui dentro? – Mulher do gordo classe A.

Só podia ser brincadeira, ela levantou-se mais revoltada com o escândalo do que com insanidade do boieng. Eles tinham que parar; parar de falar, de forçá-la a se sentar, forçá-la a estancar, a deixar escorrer, a explicar, a ficar quieta...

- Gente! – Tirou o papel da boca e todos se assustaram com o sangue, voltou o papel. – O copo que me cortou! Eu extou bém.

- Processe a companhia!

Silêncio. O assunto sério havia chego; processo, dinheiro, máfia, mídia... Os comissários se entreolharam e acalmaram as pessoas com as mãos tremendo.

Minutos intermináveis se seguiram com os comissários implorando a ela, diziam que iam falar com a empresa dos copos e que ela deixasse tudo bem. O que eles não entendiam é que estava tudo bem, ela só queria chegar em casa e jantar.

Nunca foi tão fácil pegar a mala na esteira do check-in ou conseguir sair do avião. Todos abriam espaço, pois queriam ver a mulher terrorista provavelmente sem rosto e árabe.

terça-feira, outubro 27

(In)Utilidades

Seguinte:

Não importa o tamanho do copo que você pede do Burger King, lá é refil, pagar mais caro no copo grande não vai valer em nada.

Ir ao Fridays ou no Outback é pura média. Quer comer? Vá ao Chico Hambúrguer, Subway ou Burger King. Seu dinheiro vale mais lá. Até os lanches do tio Donald são bem vindos.

Quando for pedir pelo drive-thru, peça dois copos do que você for tomar. Quando você pede um copo não vem aquela parada de papelão que equilibra o copo. Tenso quando você está sozinho no carro.

Aqueles cantis de tiozões bêbados são bem úteis, e caixas de cerveja de mercados 24hrs valem muito à pena.

Resumindo o fim de semana.
Sejam bem-vindos ao meu mundo de Bobby.

segunda-feira, outubro 26



É isso ai hoje é meu dia mesmo, mais eu não vou falar sobre o tempo, um pouco por preguiça um pouco por falta de tempo e um pouquinho por falta de inspiração. Vou falar de uma coisa que me deixa com os nervos a flor da pele, a falta de educação generalizada nesse mundo.

Pegar ónibus todos os dias é um saco, não pelo tempo que se perde ou pelos pequenos 500 metros até o ponto, mais sim pelo preço da passagem que incrivelmente sobe todo o semestre e não se vê melhora alguma no transporte, mais esse não é o ponto, o que realmente me deixa irritado são as pessoas mal educadas. Esse tipo de pessoa é facilmente reconhecido pois estão sempre com pressa, olhando apenas seus próprios umbigos e são geralmente jovens, sim jovens.

Hoje eu presenciei a cena de um idoso que estava na minha frente para entrar no ónibus, ele parou todos os que estavam atrás dele e deu frente a todas as idosas e mulheres que estavam ao redor, eu fiquei extasiado com o gesto do senhor, eu que me considero um pessoa muito educada na maioria das vezes nunca fiz isso. Por outro lado vi na mesma viagem algo completamente antagonico, haviam duas senhoras idosas em pé com o ónibus lotado e dois garotões sentados , e pior, no local destinado a idosos o que não é nada raro de se ver.

Esses fatos me fizeram refletir,será que a nossa geração é realmente mais introspectiva, egoísta e mal educada? É engraçado como os idosos geralmente são saudosistas, é bem comum pegar um idoso comentando com alguém -É na minha época não era assim. na minha época agente respeitava os mais velhos, é na minha época.... E quanto a nós? Falaremos que o velhos não servem para nada mesmo só para dar trabalho e que dos velhos nada se tira de bom, portanto não merecem ser tratados com dignidade e respeito.

Eu não quero que este post fique com cara de redação do ENEM (que foi roubado) porém a falta de educação da nossa geração é algo com que todos devíamos nos preocupar, é apenas perceber que pequenos atos de tolerância e de filantropia influenciam e muito na vida das pessoas, mesmo que seja qualquer ato bobo de generosidade como dar o lugar no onibus, e não digo apenas para os idosos mais para alguem que voce visivelmente vê que nescessita de ajuda.

"A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente." Albert, Camus. Boa semana.

sábado, outubro 24

Já é domingo?

(Pequena amostra do meu dia-a-dia.)
Todos nós temos manias. Todos, não dá pra negar. Se não se encaixar na definição de “mania” pode se encaixar em “uma maneira muito específica de se fazer algo”, o que é tão legal quanto.
Eu gosto muito das manias e dos tiques de cada um. Acho que é o que eu mais levo das pessoas. A vantagem de não se prestar atenção nas coisas que se tem que prestar atenção naquela hora, é essa: eu viajo nas peculiaridades. Aliás, todo mundo faz isso, com mais ou menos freqüência, mas faz.
Há aquelas que estão mais presentes na minha vida, eu vejo todos os dias, não tem como não notá-las, como por exemplo:
Eu – Um jeito peculiar de roer unhas. Eu não rou as unhas, deixando-as curtas, eu rou o cantinho delas, ou seja, os lados ficam bem rentes, mas se eu deixar (é que pelo menos nessa hora eu tenho noção e corto por inteiro, ou com uma lixa ou com o cortador mesmo) a frente fica comprida e pontuda e os cantos roídos, um horror. Além disso, eu mordo a boca também... Haja dente viu.
Amigo do meu irmão – que eu nem conheço direito mas, de verdade, me chocou muito. Ele faz bolhinhas de baba. É quase uma arte! Elas saem da boca e ficam flutuando, igual bolhas de sabão. Enquanto ele olha para o infinito ele literalmente borbulha. Vou contratá-lo para a próxima festinha infantil.
Barbara – Aham, vou contar. Ela não deve perceber, mas ela sempre está colocando o cabelo na testa. Qualquer coisa: Cabelo na testa. Juro, não entendo. Além do famoso espirro, que ela espirra normal e depois de dois segundos fala: Atchim.
Todos nós da classe – Falar ou contar alguma coisa desenhando em algum lugar, e o mais bizarro é que às vezes o desenho não tem nada a ver com o que a gente está falando e tá todo mundo lá, prestando atenção no cubo ou casinha que estamos desenhando. E se no final a gente fala: “Ah! Mas isso não era muito importante, deixa pra lá”. A gente TEM que apagar o desenho.
Meu vô – Cumprimentar ele é a coisa mais fácil do mundo, afinal você não precisa falar nada. É exatamente assim: Ele – “Oi Nana, tudo bem? Tudo bem...Tudo bom... ai ai, Tchau”. Não importa o que você disser, ele vai te falar isso quando ele te ver. Fato imutável.
Mirtão – Por falar em cumprimentos, existe essa mania também, pessoas que cumprimentam muito. O cara que guarda o carro no meu restaurante. Eu chego, ele me cumprimenta, ok. Mas essa é só a primeira vez. Durante o dia tem pelo menos mais quatro. Isso quando eu conto e evito. É só o olho cair nele que ele tá lá perguntando se tá tudo bem... Educação? Não, mania.
Renan – Canta. Não, não é felicidade, é mania mesmo. Você falou uma frase com sonoridade? Ele vai cantar por duas horas. Falou uma frase igual ao verso de uma musica? Pode desistir de conversar. A vontade de viver em um musical invade o consciente e as coisas se confundem e o resultado: manias. Foi a explicação que eu arranjei, o Clóvis que não leia isso.
Fernando – Eu não sei como nem porque, mas às vezes (lê-se umas 8 ao dia) ele gasta toda a energia dele (432 ATPs) em um movimento único, certeiro, rápido, um bote praticamente. Você vai simplesmente devolver um lápis a ele, e se vê surpreendido por um vulto e o lápis sumiu da sua mão. Não tenha duvidas, ele foi tirar um soninho depois disso.
Marco – Essa de encaixa mais no “uma maneira muito especifica de se fazer algo”. Eu nunca vi! E o algo é: tirar o blusão. Ele pega na parte de trás da gola e dá um puxão único, encurvando todo o corpo pra frente de forma que o blusão sai por inteiro e é jogado longe... e ah! Não sei se eu soube me expressar, mas é curioso.
Essas são as que eu lembrei agora, mas existem também aquelas que estão em qualquer lugar, nas pessoas que a gente não conhece. Exemplo: Menino que quer mostrar que gosta de música, batuca. Batuca mesmo, em todos os lugares. Bobeou, está batucando. Às vezes com as mãos, às vezes com os pés, às vezes com os dois, com a cabeça e com a língua..... (Se você quer, do frio se esquentar, ponha seus cavalos todos a trotar! – Desculpe, as piadas internas são mais fortes que meu bom senso na hora de escrever um texto.)Meninas meigas fazem rolinho no cabelo. Quer ser meiga? Mexa no cabelo, enrolando-o no dedo, isso.. Owwnnn, que fofa! É fato, elas sempre fazem isso, acho que é um código ao invés de uma mania, mas eu vou colocar aqui assim mesmo.
Ahhh e N outras que eu adoro.Agora tem sempre o ouuuutro lado da moeda...
Mãe – Ela entra no meu quarto que está uma zona: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
Agora no meu quarto arrumado: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
...No meu quarto mais ou menos arrumado: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
... Com um elefante branco dentro: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
...Vazio, sem nenhum móvel: “Ai Nathália, arruma esse chiqueiro, não custa nada! Você vai perder dez minutos!”
Essas coisas acabam virando automáticas mesmo.
Dumbo é o desenho mais chapado da Disney.

Haikai

Releitura 01 - guache s/ A3

Mesmo sendo primavera
os ratos ainda
decompõem-se em cimento
Renan Marcondes

quinta-feira, outubro 22

Aproveitando o momento de reflexão...

Hoje descobri meu livro de formatura dentro de um armário. Tá certo que não faz nem um ano que me formei, mas a minha descoberta nada arqueológica me fez pensar bastante no ano de 2009.

Em breve, estaremos em novembro. Depois vem dezembro, que remete ao Natal e ao Ano Novo. Logo, estaremos em 2010. Normalmente, esta reflexão ficaria mais pro final do ano, mas foi só ler o livro de formatura pra me dar conta de que já faz quase um ano que entrei na faculdade e comecei uma nova fase da vida.

As preocupações hoje são outras, o dia-a-dia é diferente, assim como a relação com as pessoas, e grande parte dos amigos também mudou.

Tantas coisas em tão pouco tempo...

É engraçado pensar que nada é como imaginávamos. Não necessariamente pior ou melhor, simplesmente diferente. A faculdade nem sempre é o que parece. O curso tem matérias chatas, professores chatos e muitas coisas desagradáveis. Sempre ouvimos a respeito, mas acho que só nos damos conta quando essa nova realidade passa a fazer parte de nós. Isso não quer dizer que eu esteja infeliz com a minha escolha (muito pelo contrário!), e sim que não devemos nos iludir (como eu me iludi quando acabei a escola) pensando que tudo vai ser um mar de rosas assim que nos formarmos. Éramos felizes e não sabíamos.

Ler o post do Marco me fez pensar em como o tempo passa rápido. Tenho certeza vai passar cada vez mais depressa daqui pra frente, mas só vou me dar conta quando começar a ficar careca (oficialmente).

Deixei o cinema um pouco de lado hoje, mas não se esqueçam que amanhã começa a 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Muitos filmes bons fazem parte da Mostra e DEVEM ser vistos!

Só pra fechar por hoje...

Vai ficar de bobeira no feriado?
Dia 01/11 (domingo) tem show dos Cosmonautas (banda da qual eu faço parte) no Blackmore Rock Bar! Não deixe de conferir o nosso som cover de pop/rock na Al. dos Maracatins, 1317, Moema. A entrada custa R$ 12,00.

http://twitter.com/cosmonautas_

Goedenacht.

quarta-feira, outubro 21

Perdendo o controle

As pessoas têm uma forte tendência a virarem animais em momentos de pânico, medo, pressão, e outros em que sua sobrevivência esteja em jogo.

Por mais que pareça, que na maioria das vezes somos pessoas equilibradas, - não estou dizendo normais, mas apenas com a sanidade e o senso de noção ativado -, basta um pequeno empecilho no caminho para acharmos que toda nossa vida está em jogo ali e agora.

Situações em que envolvam distribuição gratuita de algo, principalmente comida, filas que do nada são desfeitas e viram uma multidão, ou conseguir um lugar sentado no ônibus depois de pegar dois metrôs. Favorecem massacres e corridas de sobrevivência entre nós.

Filas. Como não falar delas? Filas para entrar no estádio de domingo, para comprar ingressos que você precisou penhorar suas roupas para conseguir, ou de parques de diversão onde você escolheu o dia mais lotado, e se deu conta que só vai conseguir ir na Montanzoshnevernevers e derivados uma só vez.

Tudo está comum até o momento em que a sua fila parece estar organizada, até que... Abrem-o-portão-e-uma-multidão-corre-lateralmente-pela-fila; “Nãããããoo eles vãão passar na freente!” – você vê seu amigo gritar em câmera lenta. De repente, algo te move e você corre como nunca e de forma ridícula. Apóia nas cabeças de alguns infelizes pelo caminho, bate sua mochila na cara de gestantes, toma a bengala de um senhor e a usa para derrubar mais três pessoas. Tudo para chegar num lugar de privilégio, erguer a bengala no ar em símbolo de vitória, e ficar com o rosto visceral botando medo nas pessoas, em volta. Parece meio exagerado, mas você sabe que é a verdade. Claro que depois com calma, bate a vergonha e você pensa por que agi assim? Principalmente quando tirou a bengala do senhor e exibiu aquele sorriso demoníaco no ar. Pois é, isso se chama pânico momentâneo.

No trânsito, temos que tomar cuidado com inúmeros fatores, mas há alguns de extrema importância que esquecemos, e acabamos sofrendo um desgaste emocional desnecessário.

Como manter-nos longe de; senhores dirigindo com chapéu – ele provavelmente será surdo e meio cego, logo não vai te ver. Mulheres na faixa etária de 40 anos – não importa o quanto você sinalize e implore para uma passagem, ela sempre vai achar que deixa-lo passar é um sinal de submissão, e ela não é escrava de ninguém não! Ela tem o próprio dinheiro, ela trabalha, leva os filhos na escola... -. Ônibus – eles acham que fila é que nem coração de mãe, sempre cabe mais um. O problema é que ele equivale por mais 20, e se esquece disso. Moto – todo mundo sabe que eles brotam, e na dúvida se tem alguma ou não atrás de você, sempre tem. E por fim, como se não bastasse o trânsito já ser um lugar de pressão, vocês tem que tomar cuidado com pessoas como eu, que estão tão preocupadas com esses fatores, que esquecem de dar seta.

Essas são só duas situações independentes que depois que passamos por elas, achamos que poderíamos ter morrido, ou que foram desnecessariamente perigosas, e no fim perdemos 20 Kg em cinco minutos.

Se eu tenho algum conselho para você? Nenhum, sou só mais um ser-humano com instintos fortes de animais, correndo pelas veias.

terça-feira, outubro 20

28.06.42.12

- Why Are You Wearing That Stupid Man Suit?

Eu estava assistindo Donnie Darko pela milésima vez e, o Frank nunca me deixou a vontade, quando ele aparece,eu sinto um puta frio na espinha.

E me fez reparar que assim, além de claro o filme ter várias ligações óbvias (Filmes como “Uma noite alucinante”, “A Última Tentação de Cristo”, “Lolita” (de Kubrick), “Peggy Sue - Seu Passado a Espera”, com a cinematografia de Jonathan Demme e até mesmo certa ligação com o filme “E.T.”), a ligação com “Alice no País das Maravilhas”, é bem grande.

Afinal DD acorda e vê Frank, um cara com mais de 1 metro e 80 com uma fantasia de coelho (Bem macabra, diga-se de passagem) e Alice tem a visão de um coelho falante vestindo adereços humanos. Frank diz para DD seguir ele e o leva até um campo de golfe, já Alice persegue o Coelho Branco, seguindo o tal até a toca.

A relação campo de golfe e do buraco, da toca do Coelho Branco parece bem evidente.

Como o Coelho Branco de Alice, Frank atua como um guia de DD em outro mundo, um mundo louco*, fora dos padrões. O Coelho Branco é um servo da rainha e o Frank, é manipulado por uma força superior, não especificada na trama.

DD e Alice são semelhantes em seus termos de curiosidade e confusão própria e... Ambos querem saber de qualquer modo o que está acontecendo com eles.

Os "coma-me" e "beba-me" de Alice são bem semelhantes às pílulas que DD toma e eles também passam por mudanças físicas; Alice fica mais alta ou encolhe (Cogumelos) e DD fica mais forte e com poderes sobre-humanos quando está sonâmbulo.

Estas mudanças físicas abrem portas e dão soluções para os dilemas que eles estão enfrentando em determinada parte da história, mas também trazem sentimentos de medo e isolamento para os protagonistas.

E a cena no banheiro em que DD conversa com Frank pelo espelho me lembra bastante “Alice no País dos Espelhos”.

Quem não assistiu, eu recomendo. Já quem viu e não entendeu clique aqui . Não explica tudo, mas ajuda bastante.

(PS: Ah, a trilha sonora é animal.)

segunda-feira, outubro 19

Serie sobre o tempo. parte 2

O tempo é dividido de varias maneiras, dia, hora, mês, ano, e mais importante o presente, passado e futuro. São eles que nos dão noção da época em que vivemos, das que já passaram e das que ainda estão por vir, é a percepção mais nítida do tempo que transcorre por nossas vidas.
Para definirmos passado e futuro necessitaremos de uma definição de presente. Porém o presente não possui duração, portanto não existe, como dito no texto de Jorge Luís Borges- "Não é extraordinário pensar que dos três tempos em que dividimos o tempo- o passado, o presente e o futuro, o mais difícil, o mais inapreensivel, seja o presente? O presente é tão incompreeensivel como o ponto, pois, se o imaginarmos em extensão, não existe; temos que imaginar que o presente aparente viria a ser um pouco o passado e um pouco o futuro. Ou seja, sentimos a passagem do tempo. O presente não é dado imediato de consciência. O presente não se detém. Não poderíamos imaginar um presente puro; seria nulo."
Quando se pensa no presente este momento já é o passado, que retém todos os atos do presente inexistente, já o futuro é a idealização do presente, é o próprio raciocínio para um ato que, ao ser realizado se torna passado sem nunca ser o presente.

domingo, outubro 18

Um breve desabafo

"Esqueçamo-nós, por não ser aqui o lugar de análises íntimas, só possíveis em tempos a estes futuros, do que, quantas e quantas vezes, para poder exibir e gabar-se de um corpo limpo, a alma a si mesma se carregou de tristeza, inveja e imundice".

Grande Saramago
Não vou poluir uma reflexão tão completa com as minhas entrecortadas e confusas. Então, paro por aqui.

Ah, ouçam o álbum Olhos de Faróis - Ney Matogrosso.



Escrito por Blanco, Nath
só colocado por mim, devido a problemas na internet.

sábado, outubro 17

Um Manifesto

Cheguei a uma conclusão séria. O trabalho não enobrece ninguém. As pessoas é que não souberam interpretar corretamente o que acontecia e criaram essa frase ridícula achando que o ócio era um problema, coisa e tal, e que seria necessário uma atividade que, através da contribuição para a sociedade e do retorno - totalmente abstrato, diga-se de passagem - chamado "dinheiro", as pessoas e enobreceriam-se e elevariam-se como indivíduo e todo. Tudo culpa

Mentira, grande mentira, mentira completa.

Esqueçam essa história de que fica-se sem estudar e sem produzir nada, pois é muito pelo contrário: o ócio pode produzir as melhores ideías, descobertas e projetos possíveis. Por sinal, sou amiguíssimo e completamente a favor do ócio em geral, em todas as suas variações, vertentes e formas. O ócio, se bem utilizado, é um dos grandes causadores de avanços na humanidade. É ele quem possibilita a busca espontânea pelo conhecimento, o descanso e assentamento da mente para o surgimento das idéias, etc e tal.
O problema, o GRANDE problema, o que ferra todo mundo que sabe utilizar bem o seu tempo nulo, são as pessoas em geral que não fazem a menor (eu repito:menor) idéia do que fazer de útil em seus tempos ociosos e utilizam-o somente para:

1 - Desenvolver teorias conspiratórias sobre si mesmo e o mundo ao seu redor através de ferramentas como: ORKUT, TEL, MSN, SMS e qualquer outra palavra abreviada que encontrarmos.
2 - Descobrir, com isso, que estão depressivas pois são odiadas pelo mundo.
3 - Confundir coisas inexistentes com problemas verdadeiros, e problemas verdadeiros com coisas inexistentes.
4 - Achar que, por passar o dia na cama, estão na mais absoluta depressão e que podem se matar a qualquer minuto ( e não param para pensar que simplesmente não teria o porque ficar em pé andando pela casa se não há o que fazer).
5 - Por fim, chegar a brilhante conclusão que só um trabalho como vendedora, curso de crochê ou aula de Pilates irá resolver seus problemas(leia-se: coisas inexistenstes)

Portanto, se você acha que está passando tempo demais na cama, tendo overdoses de Gugus e Elianas ou comendo mais Twix do que deveria, pare de pensar que uma atividade ajudaria e simplesmente tome a atitude mais sensata possível: pare de pensar merda e busque crescimento individual como preferir, mesmo que não haja contribuição à sociedade e retorno financeiro favorável. Somente dessa maneira descobriremos algo como a cura da AIDS ou o sistema de teletransporte, afinal, alguém tem que pensar um dia em algo do tipo:"Peraí, se eu misturar um ovo, 3kg de argila, um pouco de benzeno, Vick sabor mel e cola Pritt, o que será que aconteceria?".

Sem dúvida, só o extremo do ócio possibilitaria tal feitio. Por isso, vamos lá, não o temam, e sim saibam usá-lo para, quando menos esperarem, salvarem o mundo.

quinta-feira, outubro 15

(In)Glourious Basterds


Já que sou estudante de cinema (e chato de plantão), era de se esperar que eu começasse o meu primeiro post falando a respeito da mais nova obra de Quentin Tarantino, Inglourious Basterds (sim, com os propositais erros de grafia), ou, na tradução óbvia para o português, Bastardos Inglórios. Não tenho a intenção de fazer uma crítica elaborada. Quero só comentar a respeito.

Como grande fã de Tarantino que sou, não resisti e acabei lendo o roteiro do filme antes da estréia nos cinemas brasileiros (por favor, não questione meus métodos). Assim que terminei, bateu uma imensa vontade de matar nazistas em algum jogo de 2ª Guerra Mundial. Felizmente, consegui conter meus impulsos assassinos até sábado, quando fui, enfim, assistir ao filme.

Saí extasiado, após 153 minutos de pura alegria para qualquer fã de bom cinema. Além do roteiro genial, a ótima escolha de atores (com destaque para o poliglota Christoph Waltz, na foto, no papel do Cel. Hans Landa) e a montagem dinâmica contribuíram para que eu deixasse a sala mais contente do que havia entrado (acredite, isso nem sempre acontece). Como disse Inácio Araújo em sua crítica para o jornal Folha de S. Paulo, "Com 'Bastardos Inglórios', Tarantino inscreve-se de vez entre os grandes cineastas da história".

Portanto, se você ainda não viu, veja. Eu certamente verei mais de uma vez no cinema.

Mudando de assunto, vou aproveitar para registrar aqui a minha falta de sorte, que me levou a bater o carro e ter o aparelho de som furtado (bem em frente à minha casa) em um intervalo de 4 dias.

Só pode ser zica.

quarta-feira, outubro 14

Geração Aldous Huxley


Eu sei que não costumo sair criticando coisas sem antes ter certeza do que estou dizendo, ainda mais tratando-se de livros. Mas é que esta é uma exceção, e não vou conseguir deixá-la passar.

Recebi mais um desses e-mails com 300 livros para fazer o download, e um deles me chamou a atenção: “Como fazer amigos e influenciar pessoas" - Dale Carnegie.

Como é? Espere ai, deixe-me ler de novo.

Era verdade, meu astigmatismo não havia me enganado desta vez, o titulo era surreal, pior, era totalmente irreverente e sem vergonha.

Eu sei que estamos entrando para o que chamaremos no futuro de “Escola Literária da Auto-ajuda”, mas até ai, fazer um livro que deixa claro um fato como este, é diferente.

Eu teria vergonha de ser flagrada lendo um livro desses, e pelos motivos mais óbvios; todos saberiam que eu sou uma coitada sem amigos, ou especulariam que eu poderia ser o tipo de pessoa, que entra num cinema e mata todo mundo. Ou que eu tomo remédios tarja preta por causa de depressão, e assim vai. E ao que parece, o livro é um best-seller! Ou seja, todos lêem e indicam um para o outro, entre sorrisinhos e tudo mais.

Pode ser que eu seja muito careta ou encanada, mas imaginem vocês chegando para seu namorado/a e contando que está lendo um livro sobre como influenciar pessoas? E depois o quê, você ergue uma das sobrancelhas e lança um sorriso safado? Olhem, eu não sei não... E se seu chefe soubesse? São tantas as situações - e piadas – que eu poderia passar páginas escrevendo, mas acho que vocês já entenderam a proposta.

A proposta é de onde esse mundo vai parar mesmo. Eu peço aos autores desse blog, pelo menos, que não me aprontem coisas desse tipo no futuro. Porque se não, depois, não sabemos o porquê das coisas se encaminharem para essas calamidades mundiais.

Achei alguns ensinamentos do livro para o ato de influenciar pessoas; (?)

Comece com um elogio ou uma apreciação sincera – Bom, bom, fazendo social.

Chame a atenção para os erros das pessoas de maneira indireta – Tendo noção, muito bem.

Faça perguntas ao invés de dar ordens diretas – É! Ninguém gosta de pessoas autoritárias.

Permita que a pessoa salve o seu próprio prestígio – Humilhação = Não bacana, todo mundo sabe.

Elogie o menor progresso e elogie todo o progresso – Bata no ombro e diga: Muito bem! Com a voz que você fala com o seu cachorro.

Aprenderam? Então vamos praticar, e que a dissimulação reine sobre nós!

Quem sabe daqui poucos meses teremos; “Aprenda a Manipular em dez passos”, ou “Como ser mais popular aos treze anos – Edição comentada.” ou até quem sabe, “Vinte regras básicas para saber mentir no seu emprego vol. I”.

Ps: Só para constar; não passei na prova prática, mesmo só tendo três pontos e precisando de cinco para reprovar. Essa é a minha vida. Nextel.

terça-feira, outubro 13

Pré.

Nossa como eu tenho uma angústia pré alguma coisa.

Antes de uma prova, antes de ir trabalhar, antes de viajar, antes de ir estudar.

Pouco antes de viajar sexta não foi diferente, segunda à noite sabendo que eu tinha de postar aqui também não. E provavelmente vou ter quinta antes de ir para o inglês.

É uma sensação ruim, mistura medo, dor de barriga, você imagina mil maneiras de arranjar um modo de não ir ou de não fazer tal coisa.

Mas quando você está naquela determinada situação que você temia, é proveitoso e acha graça de tudo que você sentiu antes.

Mesmo sabendo que amanhã vai ser tudo igual.

Sim, eu deveria me internar.

segunda-feira, outubro 12

Série sobre o Tempo intro.

O tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina.
Sem raiva sem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma
(eu parei de lutar contra o tempo
ando exercendo instantes
acho que ganhei presença).

Acho que a vida anda passando a mão em mim.
a vida vem passando a mão em mim
acho que a vida anda passando
acho que a vida anda
a vida anda em mim
acho que há vida em mim
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim.

E por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
Na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava a força e por trás.

Um dia resolvi encara-lo de frente e disse: Tempo
se você tem que me comer
que seja com meu consentimento
e me olhando nos olhos.

Acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido gentil comigo
dizem que ando até remoçando. (Viviane Mosé, poema sem título)

Essa é a introdução da série sobre o tempo, meu nome é Marco Aurélio e nas próximas semanas e vou tentar explicar sobre o olhar filosófico racional o tempo e como ele rege nossas vidas. Obrigado e até a próxima semana.

domingo, outubro 11

10 minutos de pura adrenalina.

Acabada a prova para Oficial de Justiça (Há!), eu andando pelo corredor silencioso, já que ainda algumas poucas pessoas estavam terminando, quando ouço alguém gritando. Assustei, é claro, dei um pulo imenso, mas fingi que nada aconteceu e continuei andando naquela RAMPA GIGANTESCA E TOTALMENTE DESNECESSÁRIA da Uniban. Sinto um toque no ombro. Em um centésimo de segundo eu consegui falar em pensamento a frase “Por favor, não” umas 600 vezes. “Por favor, não”. Já senti o cheiro, não é coisa boa. CC? Pode ser, mas tem algo um pouco mais podre nesse odor... Eu viro. E então vejo. Um homem vermelho, inchado, de terno, suando, visceral, GRITANDO COMIGO ATRAVÉS DOS OLHOS (e posteriormente através da boca também, outro susto, aliás, peguei a mania dele.):
- VIU?! DIFÍCIL A PROVA?!!!!
- Hammm, é... Bom, quero dizer... (5 segundos depois) Mais ou menos, afinal... (15 seg) Hehehe, fácil não tava, né?
- AHHHHHH ACHEI DIFICIL NÃO, VIU???
- Ah, sim. Deve ser pq eu não tenho muita base de direito e tudo.... Eu não estou conseguindo achar a saída...
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH MAS ENTÃO COMO VOCÊ QUER PASSAR????? (Esse cheiro vai me matar....)
- É verdade, como eu quero passar? Hehe, a vida tem dessas... É aquela porta ali?
- MAS BOA SORTE, VIU????
- Vi. Quer dizer, pra você também.
- HAHAHAHAHAHAHA (terceiro susto) VOCÊ PRECISA MAIS QUE EEEEEEEEEU!
- Pois é, então mais sorte pra mim, menos pra você e daí fica tudo certo...Eu vou andando por aqui...
- ONDE VOCÊ MORA?
- Eu? É.... Eu não moro. Quer dizer, eu tenho uma casa ... Por aqui assim... Ali mais ou menos...
- AQUI EM SÃO BERNARDO?!!! (Moço, para de gritar, pelo amor!)
- É.
- AHHH, SE VOCÊ FOSSE PRA DIADEMA EU TE DAVA UMA CARONA!!!! (Maísa: Tá explicado)
- Eu já tenho carona, obrigada.
- TCHAU!
- TCHAU!! (Ops.)

A cena acima prova como um simples diálogo pode fazer você perder 5 kg.

Dois alertas sobre meus posts:
1. Não terão um tema específico. Não terão um tema.
2. Se não fizer sentido algum, eu estarei sendo extremamente verdadeira.

Ah, só pra avisar, hoje é a noite do Jabá no Athenas,“a melhor casa de SBC”. Aproveitem!

sábado, outubro 10

Cine Atlântida - Renan Marcondes

Desenho de modelo-vivo nº 15 - Renan Marcondes


Nasceu. Sem nenhum grande objetivo, mas com o mérito da displicência que tudo que é bom possui, o blog está aí.Talvez uma tentativa de manter os pensamentos em sintonia, talvez uma vontade de disseminá-los, ou apenas para alargar as besteiras que já falamos no dia-a-adia, aqui estamos nós. Não considere nenhuma reunião de grandes pensamentos, por mais que eles esporadicamente brotem entre um post e outro, mas sim nosso "brainstorm" via dados em html.

Para ser muito sincero, não sei se têm regras definidas quanto aos temas e sobre o que falar. Como de costume, a Barbara disse "faça!" e eu fiz. Então, muito provavelmente, ela em breve explicará melhor sobre o blog.

Minha missão de formatá-lo acabou, pelo menos por enquanto. Agora aproveitarei o resto do meu feriado para fazer um trabalho sobre um projeto cenográfico de desenho estrutural baseado nas obras teatrais de Nelson Rodruigues (é, eu só invento, enquanto o pessoal da sala está fazendo mandalas ou desenhos de gatinhos, eu inventei isso). O projeto consiste em 3 hexágonos que servirão de palco e 3 "tatames" de 2m de altura que servirão de coxia ou fuga para os atores. Todos possuem como padrão o desenho da calçada de Copacabana (Nelson Rodrigues, Rio de Janeiro, aquela história de sempre...) e podem ser dispostos da maneira que os artistas quiserem, sendo dentro de um teatro ou em apresentações de rua. O que acham?


Ah, só para que fique bem claro, eu não os montarei, só apresentarei o projeto.