Remake

Os remakes estão entre as coisas mais legais no mundo do cinema.

Primeiramente, remakes são legais por darem uma nova perspectiva ao filme, mais atual. A tecnologia diponível na época da versão original nem sempre é suficiente para que o projeto seja executado da maneira desejada.

Em segundo lugar, o fato de o diretor e a equipe serem novos e de o roteiro estar reformulado trazem uma visão diferente, um outro ponto de vista de um mesmo tema.

Remakes podem ser ótimos às vezes, mas sempre tem algum chato de plantão pra dizer que o remake NUNCA vai ser melhor do que o original. Eu discordo em parte. Acho que há uma questão de identificação entre indivíduo e obra, que é muito forte no universo cinematográfico. Resumidamente, o que agrada a uns pode não agradar a outros.

Um ótimo exemplo em que ambas as versões são de tirar o fôlego é Scarface. O clássico de 1932 foi refilmado em 1983. A versão original contava a história de Tony Camonte, um imigrante italiano que se torna um poderoso gângster. Já na versão de 1983, o personagem principal passa a ser o imigrante cubano Tony Montana, interpretado por Al Pacino, que cria um império baseado no tráfico de drogas em Miami. A mudança na nacionalidade de Tony é compreensível, uma vez que, durante a década de 30, a máfia italiana estava no auge de seu poder, enquanto em 1980, a imigração cubana para os EUA estava em alta. Eu, particularmente, gosto mais da versão de 1983, mas o original também é fantástico.

Também encontramos situações em que os remakes parecem meio... estranhos. Um exemplo é Karate Kid, que ainda não tem previsão de estreia. Na nova versão, que conta com Jaden Smith (sim, o filho do Will Smith) no papel principal, não há nada de karatê. O garoto e sua mãe se mudam para a China, onde ele aprende kung fu com Jackie Chan (o que não é nenhuma surpresa). Confira o trailer abaixo.

Apesar de eu saber que não é muito legal ser preconceituoso com filmes, não deixo de me perguntar o porquê de não se chamar Kung Fu Kid...