quarta-feira, janeiro 27

"Jesus, man! Calm down!"

As pessoas andam se assustando muito ultimamente, e eu só posso imaginar que é pelo fato da massa esquizofrênica estar aumentando como nunca. É verdade!

Já faz um tempo em que as pessoas estão achando que sempre os outros estão implicando com elas, ou que tudo pode ser pegadinha, ou que há alguma coisa de mal por de trás de toda essa maracutáia... Ei! Relaxa gente, está tudo bem.

Exemplos? Mas isso é o que não falta! A síndrome de pobre é algo cotidiano; “O quê? Por que você está me perguntando isso agora? É porque eu sou pobre não é? É por isso?! Eu sou pobre mesmo, mas sou gente! Sou decente! Não fico metido no meio dessas falsidades não!”. E a vendedora só queria saber se ela podia ajudar.

Pessoas que acham que porque começaram gostar de alguma coisa, tem que seguirem a risca como manda o figurino. O jovem vai a uma rave, volta com os seguintes argumentos para tudo; “É isso ai, eu sou muito louco mesmo, faço as coisas sem pensar, não penso em nada não. O quê? Não me preocupo não, vou vivendo a vida... uh! Sai dessa, eu não me preocupo com nada não, to de boas, vixi, sai pra lá eu disse que to de boas”, e na verdade você só quer saber que horas eram.

Há também o pessoal que acha que entendeu toda essa idéia, só que também começam a levar a flor da pele; “Ai! Você sabe lá o que isso significa? Isso aqui é um A de Anarquia imbecil! Como você saí andando com isso na rua, se em 1917 foi usada pelo grupo...”. E você nem tinha visto aquele detalhe na sua etiqueta antes.

“I LOVE NEW YORK? É isso que diz ai?! Vai comprar uma camiseta da sua cidade! Você nunca saiu de Pirituba, menina!”. Tinha sido só um presente da sua mãe, poxa.

Eu fui comprar o meu ingresso e do Tarik para o show, e na fila descobri que havia esquecido a carteirinha do Tarik. No pânico momentâneo um menino me emprestou a dele, legal. Ele parecia um cara legal, normal, fazia psicologia e tudo mais. Devido alguns problemas dentro da loja, a moça anotou o RG do menino atrás do meu ingresso, quando eu sai contei a ele e perguntei se ele achava que era um problema, ele disse que não e eu devolvi a carteirinha. De repente eu tive a idéia;

“Me passa o seu telefone, caso der algum problema”

“Mas o que isso vai ajudar?”

“Ah, sei lá. É melhor prevenir”

“Não acho que não, não vai mudar nada...”. E ele começou a ficar tenso e a olhar para os lados.

“Ei, calma. Eu só pensei que pudesse ajudar, tudo bem”

“Não! Cara! Do que é que você ta falando? Eu não quero!”

“Tudo-bem! Não é nada do que você está pensando! Eu tenho namorado, sou uma pessoa legal, calma. Me desculpa.”

“Nããããããõoo” e ele saiu correndo no meio da Portugal!

Imaginem minha cara para todo aquele 1 km de fila que assistiu a cena. Ok.

O ponto o qual eu quero chegar é que provavelmente hoje em dia não há uma violência real, são só as pessoas pensando que há alguma e reagindo precipitadamente.

Então gente, calma.

2 comentários:

  1. O caso do símbolo da anarquia comigo e com a Bia pode ser usado em qualquer roda de conversa.

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  2. Fui cortar o cabelo hj e de praxe há conversas de cabeleireiro de fundo, mulheres lá, sentadinhas falando da chuva que alagou são bernardo (que meu deixou na brasileira dormindo no estacionamento de roupão...) Tavam falando de pessoas ricas que tavam passando no Video Show... Quando o meu cabeleireiro (que usa peruca, nada legal) começa a falar de como o dinheiro é supérfluo, sem sentido, que a humanidade não necessita do capital, afinal, tem tanto pobre feliz, né? E começou com esse discursinho e assim foi... Até que chega uma mulher ensopada com uma caras na mão... Foi o estopim para toda uma briga, sério, briga entre as pessoas dalí... elas vs. ele... um horror... Tesouras bradando, esmaltes caíndo, a tv alta... Trovão... Paguei o corte e saí correndo...

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