domingo, dezembro 6

Pensamentos porcamente anotados durante a semana

Huahuahuahuahuahuahu

Fato: Quando a gente reclama, o problema se torna mais concreto do que ele era e do que ele realmente é.

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Estou em um dilema. Ultimamente a preguiça das pessoas está me irritando muito. Sabe, elas estão com preguiça de andar. Preguiça de fazer café. Preguiça de estudar. Preguiça até de pensar e falar. Está surreal esse negócio e desculpa, mas está me irritando muito. Para! Qual é a crise em subir um lance a mais de escada? Em fazer um exercício a mais? Em pensar um pouco mais para dar alguma resposta, ou em pensar para dar alguma resposta? Ahhh, eu não me conformo.
Mas é aí que entra o dilema! Eu sou preguiçosa. Que preguiça de arrumar o meu quarto! De dobrar a roupa que eu acabei de jogar no puff (pufe pufi puffy p...). Ahhh o computador está desligado? Nem vou ligar então, deixa quieto. Arrumar a cama? Pra quê? Vou deitar de novo em menos de 20h.
Acho que isso se assemelha um pouco ao que meu professor de história disse sobre o moralismo. Segundo ele, o moralismo é aquilo que a gente gostaria de fazer, mas não se permite por vários motivos, padrões sociais, dogma religioso ou até familiar. Por conta disso condenamos nos outros. Mas tudo isso inconscientemente. Faz bastante sentido. Não entendam errado, não é que tudo o que a gente condena é que a gente quer fazer, mas a questão está na forma de condenar.
O moralismo é algo meio opressor, meio sem argumentos. É diferente, por exemplo, de você não concordar com algo, ter motivos, argumentos e não fazer aquilo. Você não fica metendo o pau toda hora, simplesmente não concorda e sabe explicar o porquê. Você não fica julgando as pessoas porque elas fazem aquilo, você não fica tentando convertê-las para o seu lado. O moralismo segue as pessoas, aponta o dedo e desabafa. Talvez seja esse o meu caso, eu tenho preguiça e a preguiça nos outros é algo que me irrita profundamente.

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Eu não acredito em sorte. A gente fala sério, sorte? Que porra é essa? Da onde vem? Que poder é esse para fazer tudo dar certo? Quem decide se alguém deve ou não se dar bem? Pq vamos combinar, alguém que precisa de sorte é alguém que fez cagada em algum momento. Aí você pode me dizer: Ah, mas e aquele que merece, que se preparou, que trabalhou e se esforçou para algo? Ele tem que ter sorte para nada dar errado na hora H. Sim, mas acontecer algo errado está fora da ordem natural das coisas, então não seria sorte...Seria... Simplesmente o normal, ouu a falta do azar. Então quer dizer que azar existe e sorte não? Mas não seria, a falta de azar, a sorte? Não. Não sei também agora, caceta. Acho que próximo disso está sei lá, uma benção, uma ajudinha divina.
Sou católica. Acreditar em Deus é algo que me faz bem, não por arranjar explicação pra tudo “Ahh Deus quis”. Mas pq é algo meio natural pra mim, tem que ter alguém por trás de tudo isso com uma grande sacada. Tudo bem. Onde eu queria chegar mesmo? ....
Ah tá, a sorte e o “ah por favor Deus me ajuda!”
Acho que exatamente por ser católica, e pensar muito sobre isso, que eu acho a benção é meio que como a sorte. Então você acha que não existe, Nathhhh???? É, algo assim. Mas não tão assim. A questão é, qualquer tipo de benção seria meio que injusta. Pq sempre tem alguém no mundo mais fodido que você. É ele que precisa de ajuda e você sabe que ele não vai ser ajudado. Aliás, na hora do desespero, foda-se a criança morrendo de fome, eu quero que o menino que eu fiquei me ligue, Senhor, faça que o menino me ligue, por favor. E se o menino ligar: Ai senhor obrigada.
Mas a criança morreuuuuuuuuuuuuuuuu!
Quero dizer, pq Deus faria uma coisa, e não outra? Porque ajudar alguém com o namorado e não alguém com a fome? Essa é a injustiça a qual eu estou me referindo. Não é que a fome seja mais importante que o namorado, mas com certeza o namorado não é mais importante que a fome. Pode ser também uma questão de ponto de vista. Vai lá saber o tanto de pessoas que por um milagre não morrem de fome. A gente nem sabe. E vai lá saber o tanto de meninos que não ligam e beleza, a menina até esquece que no momento de desespero pediu algo a Deus, ou nem fala que pediu pq né, a velha história: orgulho próprio.
Mas eu já fuji da questão que é: quando alguém é abençoado, outrém necessariamente deixa de ser. Qual é o critério?
Ah, e pq Deus não pode abençoar todo mundo? Então né, pergunta pra ele.

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Peço perdão pela desorganização de idéias, é que esses dias eu me permiti discutir comigo mesma.

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Hahaha, depois de tudo isso, tenta imaginar como foi a minha redação do ENEM de hoje. O examinador, lendo, vai se sentir "bronqueado"...


3 comentários:

  1. Eu também sai dos meus eixo naturais na redação, e fui a pessoa mais conservadora do mundo.

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  2. Se Deus existir, ele é muito perfeito para poder pensar em outra coisa senão em si próprio.

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